Primeira sushiwoman da cidade abre espaço no quintal de casa com rodízio aos domingos
Sushinoquintal atende até 60 pessoas por domingo e só com hora marcada
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Sushinoquintal atende até 60 pessoas por domingo e só com hora marcada
Aos 35 anos, Christiane Bittencourt é uma das mulheres que, sem dúvida, fazem a diferença. Há mais de dez anos, ela trocou o curso de jornalismo para ser garçonete em um dos primeiros restaurantes japonês de Campo Grande. Na época, para ajudar nas despesas em casa, Christiane ainda trabalhava num escritório administrativo.
A ideia de ser garçonete foi encarada para poder dar um boom na vida. “Uma amiga soube da vaga e me ligou incentivando, porque sabia que eu gostava de gastronomia; deu tão certo que passei”, conta.
Chris, como é chamada, conta que na época, praticamente todos que trabalhavam no restaurante eram universitários, e que foi um fator que a incentivou também. “Só os sushiman que vieram de São Paulo… eles eram bem rigorosos, mas todos os funcionários queriam aprender a fazer sushi, que era novidade na época”.
Só que, para aprender a fazer sushi, Chris lembra que nem todos podiam, pois o preparo do prato necessitava de tempo e quase ninguém tinha essa paciência, exceto ela. “Tinha que ficar duas horas antes do restaurante abrir e duas horas depois também, porque é um ritual minucioso, demanda tempo, cuidado com o pescado, com o arroz, deixar os ingredientes cortados, enfim, aprendi tudo”.
Se ela fez a escolha certa? Sim. A paciência em aprender a fazer os sushis a intitulou a primeira sushiwoman de Campo Grande.“Assumi o lugar de um dos chefs, que teve de ir embora; e me destaquei”, conta.
Sushinoquintal
A experiência da primeira sushiwoman de Campo Grande percorreu outras cozinhas. Ela esteve em Cuiabá atuando na área e depois, retornou e abriu uma barraca na Feira Central, onde distribuía sushis para outras barracas.
Tempos mais tarde, montou sua própria casa especializada na culinária japonesa só que, nem tudo foram flores e com o número excessivo de casas do ramo em Campo Grande, as despesas começaram a puxar e ela teve de desfazer a sociedade.
Em menos de seis meses parada e com a clientela que virou amiga cobrando incisivamente a produção culinária da moça, teve a ideia. Abriu no quintal da casa dos pais, um espaço dedicado à culinária que mais tem agradado o paladar campo-grandense, o Sushinoquintal.
Com direito a pallets e caixotes de madeira com flores naturais, a sushiwoman não ousou na imaginação e fez do jardim, um ambiente ‘bem caseiro’ para servir os pratos. No galho das árvores, os chouchin’s [luminárias japonesas] fazem jus ao nome da casa e o balde que abriga a bebida é nada menos que um balde comum de área de serviço.
“É tudo derivado de um quintal, até a decoração de jardim convencional, tudo foi pensado para deixar o público bem à vontade”, indaga.
Para degustar o cardápio do sushinoquintal é preciso reservar com antecedência através da página do restaurante no Facebook ou Instagram. O investimento do rodízio sai por R$ 54 por pessoa. O @sushinoquintal fica na Rua Barão de Ladário, nº 185 – Vila Sobrinho.
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