Mineiros que vivem em MS acompanham com ‘dor no coração’ drama de Mariana
Rompimento de barragens deixou cidades sem água potável
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Rompimento de barragens deixou cidades sem água potável
“Estava acompanhando a situação pelo noticiário, e não tinha me tocado da gravidade até falar com minha irmã por telefone e ela relatar a preocupação com moradores de Governador Valadares”. A frase é de Adriany Vital de Ferreira, jornalista e comerciária, natural de Minas Gerais, mas moradora de Mato Grosso do Sul há 15 anos, ao comentar o rompimento de duas barragens de rejeitos gerenciadas pela mineradora Samarco, em Mariana, no dia 5 de novembro. Adriany, assim como muitos mineiros que vivem em outras regiões, acompanham de longe o drama que vive sua terra Natal.
A mineira explicou que sua família mora em Ipatinga, distante 104 quilômetros de Valadares, e desde o acidente tem acompanhado o desespero dos moradores com a falta da água, já que a única fonte de abastecimento da cidade era o Rio Doce, atingindo pelo rompimento das barragens.
“É muito complicado, o Vale do Rio Doce é muito importante para os mineiros. È como o Pantanal para os sul mato-grossenses. Muitas famílias dependiam dele para manter seu sustento, e muitas cidades eram abastecidos por suas águas. A coisa é muito mais grave do que está sendo noticiada”, explica.
A estudante de mestrado Carolina Costa, 24 anos, que mora em Campo Grande há sete meses, também revelou a preocupação com sua terra. “A gente mora a 300 quilômetros de Mariana, e a 70 de Valadares. Então a tragédia atingiu todos nós. Mesmo que não tenhamos problemas com o abastecimento de água, por não dependermos do Vale, estamos profundamente abalados e comovidos com a situação”, conta a moradora de Dom Cavati, ao explicar que sua cidade natal é quase que um distrito de Governador Valadares.
Carolina mencionou o sentimento de angústia por estar longe de Minas num momento tão complicado, lembrando que não pode fazer nada além de acompanhar a ações de solidariedade feitas por seus parentes e amigos, numa tentativa de amenizar o sofrimento dos moradores das cidades atingidas. Ela relatou que na sua cidade, todos os dias voluntários passam coletando garrafas pet com água potável, de casa em casa, para enviar a população de Governador Valadares.
“Eu conversei com um amigo que faz faculdade em Valadares e ele disse que é a situação é tão crítica, que a uma garrafinha d’água está sendo vendida R$ 10. Você consegue imaginar isso? Não ter água para beber? Sentir sede e não ter como comprar uma garrafa porque o preço ultrapassa o bom senso?”, desabafa a mineira, ao dizer que está ansiosa para visitar sua família nas férias.
A administradora Isabel Fagundes, 46 anos, comentou que apesar de morar em MS há 25 anos, e durante este tempo ter ido a Minas apenas três vezes, o desespero com a notícia do rompimento das barragens foi algo bem próximo. “É um pavor horrível, um sentimento de compaixão com os que estão passando por isso. Eu não consegui nem lavar a varanda, porque a sensação desperdiçar água enquanto eles não têm para beber é terrível”, detalhou.
Mais medo
Adriany ainda destacou a preocupação com o um possível rompimento da terceira barragem, que segundo informações divulgadas pela mídia nacional, estaria trincada. O volume de lama nesse canal seria ainda maior do que as duas primeiras, tornado os danos incalculáveis. “Ipatinga não é cortada pelo Rio Doce, mas fica abaixo de Mariana. E se essa barragem se romper, e sei lá, de alguma forma atingir minha cidade. Temos pelos minha família”, conclui a jornalista.
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