Mães se reúnem em livraria para debater métodos de educação mais humanizados
Prioridade é observar mais o filho
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Prioridade é observar mais o filho
Criar filhos é uma missão que nem sempre é simples, pelo contrário, para momentos de dúvidas e dificuldades, precisamos sempre de uma rede de apoio. Pensando em criar um momento curativo para tratar de angústias, medos, dúvidas e troca de experiências, o grupo Aldeia Materna lançou na tarde dessa sexta-feira (27), o Gaccal – Grupo de apoio à Criação Consciente da Aldeia.
De forma voluntária, as mães campo-grandenses que participam do grupo Aldeia Materna – que tem como objetivo a troca de informações mãe versus filho, estiveram reunidas na Livraria Le Parole, para debaterem assuntos ligados a educação.
Inseparáveis, os filhos também estiveram presentes participando do encontro o que rendeu, em uma grande folha de papel pardo, onde os maiores desenhavam e os menorzinhos, engatinhavam.
Segundo uma das organizadoras do grupo e mãe Ariane Oshiro, 31 anos, a discussão foi baseada em tendências internacionais de maneiras alternativas de vivenciar a educação de maneira escolarizada ou não. Dos temas apresentados no bate papo estiveram: homeschooling, unschooling, pedagogia Montessori e Waldorf e a Cooperativa de Mães.
“Cada modalidade citada foi remetida a uma exposição e, mesmo não sendo permitida a prática no Brasil, o bacana foi apresentar as propostas já existentes de quem opta e valoriza a criação do filho”, diz Ariane sobre o bate papo promovido pelo Gaccal.
Ainda segundo Arianea idealizadora, não é necessária ter técnica para ensinar os filhos, mas sim, ter uma única postura: observá-los. “Uma forma de observar a criança fica plantada em nós e cabe a nós pais, terem essa percepção… uma vez que, quem educa o filho é a família, pelo menos deveria ser e a escola entra como parceira e aliada apenas”, avalia.
Das práticas educacionais faladas no encontro, a unschooling é uma modalidade de educação de pessoas que não seguem algum currículo e é baseada apelas de acordo com os interesses das crianças – e elas não vão à escola.
Quanto às pedagogias Waldorf e Montessori, ambas com legislação e praticadas já no Brasil, a troca foi de experiências de algumas mães que tiveram ligação direta com esse sistema. “Ambas são humanitárias, mas uma é mais científica [Montessori] e a outra é mais espiritualizada [Waldorf]; o que são um pouco diferente da educação tradicional, porque tem a intenção de deixar a criança mais livre”, comenta a mãe.
No final do bate papo entre mães, foi apresentada a Cooperativa Materna, que é uma forma de educar que está em alta no Brasil. Segundo Ariane, a Cooperativa basicamente é uma creche movida por mães, que se unem e revezam nos cuidados da criança. “É muito que nossos pais faziam em deixar os filhos como os avós… juntavam as crianças da família e deixavam sob a responsabilidade de um membro para cuidar, zelar e educar”.
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