Lenda viva do samba, Nelson Sargento se apresenta nesta quinta em Campo Grande
Esta será a terceira edição do Projeto Candeeiro
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Esta será a terceira edição do Projeto Candeeiro
Ainda moleque ele começou a fazer samba para ser chamado de “seu”. Lhe encantava seu Cartola, seu Nelson Cavaquinho, seu Carlos Cachaça, dentre outros “seus” que o inspiraram e ensinaram. Hoje, seu Nelson Sargento, líder da Velha Guarda da Mangueira e presidente de honra da escola, é uma das principais referências do samba no Brasil.
Nesta quinta-feira (24), ele vem a Campo Grande para a terceira edição do “Projeto Candeeiro”. A Apresentação será no Birô Brasileiro, a partir das 19 horas.
Nelson Sargento é a memória viva da música popular brasileira. Nasceu em 1924, atravessou o século com a mesma desenvoltura que impôs à sua vida, ou seja, amigo dos amigos; pai e avô dedicado, marido extremado, que tem em sua mulher, a produtora Evonete, um espelho. Foi integrante do conjunto “A voz do Morro”, ao lado do Paulinho da Viola, Zé Ketti, Elton Medeiros, Jair da Costa, Anescarzinho e José da Cruz. Autor de “Primavera – Quatro Estações do Ano” samba – enredo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, em 1955, em parceria com seu padrasto Alfredo Português, que certamente é um dos mais belos sambas enredo deste século.
Parceiro do Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira e o caçula Daniel Gonzaga, em sambas considerados antológicos por críticos, como Sérgio Cabral. É também de sua autoria os livros “Prisioneiro do Mundo” e “Um certo Geraldo Pereira”. Ator nos filmes “O Primeiro Dia” de Walter Salles Daniela Thomas, “Nelson Sargento da Mangueira” de Estevão Pantoja, “Orfeu do Carnaval” de Caca Diegues, entre outros.
O empenho nas artes que atua, deixa-o tão próximo das pessoas da sua convivência, que todos o querem bem junto delas. A ousadia desse carioca que hoje é reconhecido no Japão pelo conjunto de sua obra o levou a iniciar um trabalho de pesquisa da MPB. E, não há profissional escrevendo sobre samba que não o consulte.
Os compositores Aldir Blanc e Moacyr Luz reproduziram no samba “Flores em vida para Nelson Sargento”, o seu retrato. Ele é o representante vivo do quesito samba, deste século. A própria resistência Cultural Brasileira. O fidalgo do salão. A voz do Samba”.
Duas vezes por mês, o Birô vai ter uma noite dedicada a todos aqueles artistas que marcaram de alguma forma o cenário artístico nacional. Depois de Moacyr Luz e Monarco, o projeto recebe Nelson Sargento nesta quinta-feira e receberá Tantinho da Mangueira no dia 22 de outubro.
Serviço
Data: Quinta-feira (24)
Local: Birô Brasileiro, Rua Barão do Rio Branco, 173.
Custo: Mesa com 4 lugares R$ 250,00 – Pista R$ 40
Ouça um de seus clássicos:
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