Homenagens marcam dia em que Elis Regina completaria 70 anos

Pimentinha arrebatou público e crítica, com uma voz afinadíssima e interpretações emocionantes

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Pimentinha arrebatou público e crítica, com uma voz afinadíssima e interpretações emocionantes

Uma das maiores cantoras que o Brasil já viu completaria nesta terça-feira (17) 70 anos. Elis Regina arrebatou público e crítica, com uma voz afinadíssima, lindíssima e interpretações emocionantes.

O trabalho incomparável deixado pela cantora continua vivo e reverenciado pela maioria dos brasileiros e por muitos estrangeiros também. Não é para menos: o sentimento que Elis colocava nas interpretações era de emocionar qualquer um.

Ela conquistou o Brasil de uma forma que, ainda hoje. “Ela marcou muitas gerações, ela foi muito visceral. Então sem sombra de dúvida, a música dela não morre jamais. Todo mundo lembra”, diz o ator Marcos Barreto.

A Pimentinha, como Elis também era chamada, ia da melancolia ao sorriso mais escancarado. Expressões imensas, de uma mulher que crescia no palco. Uma cantora que passeava pelos mais diferentes estilos musicais, sempre de um jeito único.

Elis Regina nasceu em Porto Alegre. Mas foi no Rio de Janeiro e em São Paulo que conquistou fama. Em 5 de agosto de 1964, um endereço na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, foi o palco do primeiro show de Elis Regina na cidade. Onde hoje funciona um bar, existia uma boate, boate Djalmas. A jovem Elis, de 19 anos, encantou a plateia. Algumas dezenas de pessoas lotaram o lugar para ver a artista que começava a despontar.

Elis invadiu o rádio, a TV e ganhou o mundo. Uma vida intensa, interrompida bruscamente, aos 36 anos. Nesta terça-feira (16), se estivesse viva, completaria 70. A escola de samba Vai-Vai adiantou o presente fez da cantora o enredo deste ano. E levou o título de campeã do carnaval de São Paulo.

Outra homenagem vem do jornalista Julio Maria, que lança nesta terça-feira (17), uma biografia sobre a Pimentinha. “Ela trazia a angústia da noite anterior, o drama do dia anterior e era muito rica em dramas. Então essa mulher vai levando essas angustias para o palco e vai quebrando essa história de que sou interprete no palco e tenho a minha vidinha fora dele. Não acho que tenha tido nada igual antes e não vejo nada parecido depois”, defende o autor da biografia Julio Maria.

Mesmo pensamento de quem trabalhou com Elis. “Ela tinha capacidade de dar expressividade à interpretação que valorizava a música, ela era fantástica, ela cantava como músico, por isso os músicos adoravam ela”, afirma o produtor musical Zuza Homem de Mello.

E as homenagens à Elis não param por aí. Entrou no ar uma página na internet, com informações sobre a vida e o trabalho da cantora.

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