Grupo promove bate-papo para aliviar a dor da violência obstétrica

Em janeiro, grupo usa tema “Violência Obstétrica” para realizar “encontro curativo”.

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Em janeiro, grupo usa tema “Violência Obstétrica” para realizar “encontro curativo”.

O termo “violência obstétrica” tem se tornado cada vez mais corrente em debates, publicações e reportagens que abordam o universo do nascimento e da maternidade. Mas, afinal, o que é a violência obstétrica? Quais os aspectos e limites que envolvem essa questão? Como identificar, evitar e como lidar com as situações que a envolvem? 

Com um “bate-papo para aliviar a dor”, o Gamaal (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa da Aldeia) realiza neste sábado (24), a partir das 15h, no Shanti Yoga Studio (Rua Sergipe, 1393 – Vila Célia), o primeiro encontro de 2015. Será uma oportunidade para aprofundar conhecimentos, trocar informações e experiências, a partir de relatos de quem passou por diferentes situações que remetem aos diversos aspectos dessa ampla e delicada questão: a violência obstétrica.

Francielle Valle, mãe de Pedro, nascido em outubro passado, relata como foi seu parto. “O modo como fui tratada no hospital, tanto com palavras quanto com a forma com que deram andamento ao meu parto, para mim foi uma violência. Não respeitaram o que eu pedia, colocaram ocitocina… Pedi para não colocar, e a enfermeira não deu a mínima. Inclusive estourou minha veia de tão bruta que foi! Foi muito difícil a primeira semana depois do parto. Eu, que havia sonhado com meu parto normal que queria minha casa cheia de pessoas, me tranquei em casa, não queria receber ninguém. Meu leite só foi descer no décimo dia…”, conta Francielle.

“O que me ajudou foram os grupos de mães de que participo no Whatsapp e, com certeza, as mamães da Aldeia. Nos grupos você conhece muitas histórias, conhece mulheres que passaram pela mesma coisa que você. A gente cria um laço muito legal… E quando, muitas vezes, as coisas não acontecem como a gente esperava (como no meu caso), você tem pessoas ali que te colocam para cima, te dão força, te apoiam, te ajudam. Eu agradeço do fundo do meu coração a ajuda que me deram na Aldeia”, diz.

Para Alinny Moreira, a dor de ter passado por duas “desnecesáreas” foi superada por um parto normal. Mas para conseguir o tão sonhado PNA2C (sigla para Parto Normal Após 2 Cesáreas, traduzido do inglês VBAC, ou Vaginal Birth After Cesarean), ela travou uma verdadeira guerra. E sua principal arma foi a informação.

Alinny conta que não apenas queria, mas precisava ter um parto normal. “Passamos por oito médicos. Era o quinto mês de gestação e eu ainda não tinha obstetra. Um dia, anunciei na internet que procurava um médico disposto a me acompanhar. Daí, foram-se abrindo as portas do mundo da humanização do parto”, relata. Alinny encontrou uma doula e conseguiu ter seu primeiro parto no nascimento do terceiro filho, João Tomás, com 42 semanas de gestação, em ambiente hospitalar, em setembro de 2012, após 27 horas de bolsa rompida e 6 horas de trabalho de parto ativo.

Para relatar experiências como essas, dividi-las com quem tem vivências parecidas, o Grupo o Gamaal se reúne para dar o primeiro e importante passo na busca da superação neste sábado (24), a partir das 15h, no Shanti Yoga Studio, localizado na Rua Sergipe, 1393 – Vila Célia.

Uma das organizadoras do encontro, Camila Zanetti pondera que como tantos outros temas, também este merece cuidado e reflexões para que possa gerar conhecimento e esclarecimento, e não apenas contribuir para o excesso de informação desordenada e banal.
As inscrições devem ser feitas pelo e-mail [email protected] As vagas são limitadas e a entrada solidária (opcional, porém muito importante) será revertida em doação para o projeto Bebê Feliz. Podem ser fraldas, itens de higiene do bebê, banheiras, roupas de cama, banho, roupas de bebês etc.

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