Festas juninas trazem lembranças da infância e comidas típicas do interior

Camisa xadrez é indispensável 

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Camisa xadrez é indispensável 

Que comece a ‘festança’ e a primeira semana de junho já declarou aberta a temporada de festas juninas em Campo Grande. As tradicionais festas de comemoração da colheita agora têm um toque mais moderno e servem também para ajudar a arrecadar dinheiro. Nas escolas e universidades as quadrilhas são feitas por alunos e quem pensa que os mais velhos não se divertem está muito enganado.

Os universitários estão cada vez mais envolvidos e empenhados nas festas juninas, uma forma de arrecadar dinheiro para a formatura e reunir os amigos. Para aqueles que já não frequentam mais a escola, muitas vezes a festa na universidade é a última forma de se vestir de caipira.

Durante o evento é possível notar os ‘remendos’ feitos nas calças jeans dos meninos e as ‘pintinhas’ nos rostos das meninas que como tradição repartem o cabelo ao meio e usam ‘maria-chiquinha’. A camisa xadrez também é indispensável para quem quer fazer bonito.

Mas a festa não é só feita de vestidos, rendas, remendos e pintas. Muita comida e muita bebida são preparadas para que a tradição seja ainda mais ressaltada. Para o acadêmico de Engenharia Sanitária Ambiental, José Octávio Oliveira, de 22 anos, ao lembrar-se das festas de junho as recordações são de muita alegria e amigos.

“Quando eu penso em festa junina, eu me lembro de dançar com meus amigos, me divertia muito nas festas quando era guri. Agora para comer tem que ter arroz carreteiro, milho e para tomar um quentão”, destacou.

Quem ajuda a fazer uma grande festa também pode curtir, como o caso da dupla Max Moura e Cristiano, que animaram o evento da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), neste sábado (6). Os cantores garantiram que já foram em muitas festas e que sonhavam em tocar em uma.

“É um sonho nosso se realizando, a gente vinha para curtir e ficar com os amigos e agora ajudamos a manter a tradição”, afirmou Max Moura.

Os irmãos lembraram também da época de meninos e as brincadeiras que faziam com os amigos. “Uma vez tentei fazer uma fogueira na frente de casa e coloquei fogo, mas aí eu chutei e acabei acertando uma menina que passava. Foi sem querer, mas queimou um pouco ela”, lembrou.

Entre o público que faz questão de manter o tradicionalismo, o jeito é improvisar na hora de se vestir. As meninas buscam ajuda para o vestido, vale até pegar o da irmã mais nova. “Eu peguei esse vestido com uma amiga só para vir fantasiada, eu não tinha e não tive tempo para ir comprar e acabei pedindo. Tem uma amiga minha que pegou o da irmã mais nova porque também não tinha. Eu queria dançar quadrilha, mas estava cuidando a barraca da minha turma e não deu”, relatou Gabrielly Rodrigues, 21 anos.

Alguns já vão com vontade de comer os mais tradicionais, a estudante de Direito, Viviana Barcelos, de 27 anos, já gravou quais são as duas comidas preferidas. “Qualquer derivado do milho eu amo, pode ser bolo de milho, pamonha, milho verde. O que for de milho eu como”, concluiu. 

Conteúdos relacionados

Frango polemico familia
jorge e mateus ms turne despedida