Curumin, da nova MPB vem a Campo Grande e fala sobre o papel da música autoral

Músico acredita que a música tem de ser livre e para todos

De passagem por Campo Grande, o músico Curumin falou com exclusividade ao Jornal Midiamax, sobre o papel da música autoral em tempos modernos. Entre as andanças Brasil afora, o músico disse que a luta de quem faz autoral é longa e difícil, mas não impossível.

“Por onde passo, vejo que o pessoal vive em constante correria para poder tocar, se manter, realizar os sonhos de ter uma banda…o trabalho autoral é difícil de manter, mas cada vez mais temos excelentes músicos e trabalhos maravilhosos”, explica.

Como ele mesmo diz, é fruto de uma mistura. “Sou filho de japonês com espanhóis e moro em São Paulo, o que também é uma bagunça de pessoas de todo quanto é canto e sou da geração que viu o mp3 nascer, que comprava CD em loja e que aprendeu a baixar discografias completas com apenas um clique, então é muito amplo tudo”, reflete.

Quanto à era virtual, onde se tem músicas disponibilizadas pela internet, Curumim acredita que o assunto ainda é complexo, uma vez que, a criação e produção de um CD, por exemplo, custa caro.

“Tem muito mais questões além de disponibilizar ou não, as músicas pela internet, mas primeiro lógico, que isso dá muito mais acesso e seu trabalho acaba sempre em evidência e o público, mais próximo, mas é uma tática de promoção do que uma opção…eu sempre acreditei na música livre, de graça, pra todo mundo ouvir e curtir”, indaga.

O músico esteve em Campo Grande na noite desta sexta-feira (13), participando do projeto Molho Cultural, no 21 Bar e Lazer. Além dele, os músicos locais – Chris Haicai e Perez se apresentaram no projeto.