Cinquentão, Fusca é xodó de dono e faz sucesso

Fabricado em 1965 e com boa parte das peças originais, o carro é atração por onde passa.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Fabricado em 1965 e com boa parte das peças originais, o carro é atração por onde passa.

Completando 50 anos em 2015, o Fusca minissaia de André Schuhli, de 32 anos, está longe de ser um garotinho. Mas mesmo assim continua chamando a atenção. Fabricado em 1965 e com boa parte das peças originais, o carro que foi todo reformado, mantendo suas características, e é atração por onde passa.

O administrador André Schuhli conta que é só parar o carro que alguém quer olhar, perguntar sobre ele ou até fazer propostas de venda. Coisa que ele nem quer ouvir falar. “Não vendo nem pelo dobro que investi. Só faria negócio se fosse por outro carro que eu estivesse de olho”, diz o jovem que desde menino sonha com veículos estilo “Old School”.

Apaixonado por carros desse tipo, André confessa que seu sonho mesmo é um Galaxie 500, mas se alguém lhe oferecesse um Karmann Ghia, trocaria o Fusca, que por enquanto é o seu xodó. “Só trocaria se fosse por outro carro que quero muito. Vender por vender, não”, frisa.

A história com o carro, apesar de curta, ele está com o Fusca há dois anos, é de muito carinho. E como toda boa história, começou por acaso. Andre se lembra de que em um sábado andava pela cidade quando viu o Fusca com uma placa de vende-se. Na mesma hora parou e foi falar com o dono. “Cheguei e falei que queria o carro. Ele me pediu 10 mil, nem 1 real a menos”, diz.

Sem hesitar e já encantado com o carro, pagou e ainda diz que para ele, valia pelo menos o dobro. “Na minha concepção o carro vali muito mais, porque ele já estava com 48 anos e inteirinho. Só fui arrumando detalhes. Pintei novamente, fiz a minissaia, troquei lanternas, calotas, pneus e faixas. Coloquei tudo original, do jeito que era”, pontua.

A última reforma foi no motor. Segundo André, o motor estava baixando um pouco o óleo e com medo de que em alguns anos não encontrasse peças originais decidiu refazer o motor enquanto é fácil de achá-las.

Ao todo, André diz que gastou mais R$ 11 mil, além dos R$ 10 mil pagos no carro. E ainda há pequenos detalhes que ele quer fazer.

Volta de domingo

Como o Fusca não é um carro de alto desempenho, André diz que é o carro de passeio de domingo. Aquele que a gente ajeita para o dia especial. “Se eu andar com ele com farol ligado e baixa velocidade, ele falha, tem desempenho fraco. Ou ando acelerado ou com luz baixa. É um carro antigo, não pode se esquecer disso. O freio também tem o desempenho fraco. É um carro para passear, o carro de domingo”, brinca.

Galaxie 500

A verdadeira paixão de André é o Galaxie 500. Carro que ele já tem, mas ainda não conseguiu reformar. O administrador explica que já havia comprado o Galaxie 1968, mas por este ser bem mais difícil de restaurar optou em dar um upgrade no Fusca antes. “Estou restaurando, mas como o Fusca é bem mais fácil de encontrar as peças acabei dando prioridade para ele. Por enquanto, este carro está parado, mas logo vou começar a mexer nele”, diz.

André diz acreditar que o Galaxie levará pelo menos 2 anos para ficar pronto. “É um carro difícil, de mecânica complicada. Acho que vai um tempo para ficar pronto. Ele está todo desmontado, mas vou deixá-lo do jeito que quero. Assim como fiz com o Fusca”, diz.

 

Conteúdos relacionados

idosos 110 anos campo grande