Boutique sobre rodas: aposentada personaliza e monta loja de roupas em Van
Marli Gonzales tem 56 anos e é a proprietária da ‘Help Me’
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Marli Gonzales tem 56 anos e é a proprietária da ‘Help Me’
Logo depois que se aposentou do trabalho como educadora, Marli de Oliveira Gonzales, 56 anos, não quis ficar parada em casa e cogitou algumas ideias de continuar trabalhando. Entre as ideias que ela e os filhos tiveram, a de vender roupas foi a que se sobressaiu.
Só que, ela queria sair daquela linha de sacolas e mais sacolas e pensou em inovar: comprou e personalizou uma Van para atender as clientes.
Na Van, uma escadinha foi projetada para fazer com que as clientes subam para comprar. Não menos importante, mas primordial, um tapete escrito bem- vindo recepciona a clientela. No interior do veículo, uma loja montada. Araras, armários, um provador cor- de -rosa e roupas, de todos os tamanhos e modelos.
“Eu e meus filhos pensamos juntos, todos deram a ideia, compramos a van e graças a Deus, tem dado muito certo, ela que se sustenta hoje”, avalia a dona da boutique móvel.
A loja tem nome de ‘Help Me’, propositalmente. Segundo a vendedora, um socorro prestado a uma cliente que não tem tempo de ir comprar roupa para um evento emergencial. “O nome rolou por acaso, foi quando estávamos montando todo o marketing que tivemos a ideia de socorrer a cliente sem tempo e estamos até hoje”.
A loja sobre rodas completou 1 ano no último dia 29 de julho e, para Marli, que dirige sozinha a Van, não há nada que impeça de crescer mais e mais. “Todo dia tem cliente que me liga ou manda whats; é raro ficar em casa parada, mas também, faço o horário da cliente, se ela quiser que eu vá na hora do almoço eu vou”, diz.
Dentre as opções, calças jeans, vestidos de festas, blusas e até acessórios são vendidos na boutique ambulante. Quanto a preços, os mais variados. As peças, trazidas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, mais em conta custam R$ 40 ou R$ 50 e a mais cara da Van é um vestido de marca que sai por R$ 360. E o melhor de tudo, a empresária aceita cartões de débito e crédito.
Pedi a ela para resumir em uma palavra, sua dedicação em dirigir e ir atender o público feminino. Ela disse: “determinação, porque fiz e faço tudo que gostaria de encontrar em uma loja, só que fiz ela adaptada, pensando na praticidade da cliente e sou como uma empresária normal, que paga imposto, só troco a conta de luz, pela gasolina”.
Encontros
Todas as quartas, das 17 às 19 horas, na Praça do Peixe (Bom Pastor), Marli com sua Van se reúne com outras empresárias que tiveram ideias semelhantes a ela. Os encontros acontecem sempre à noite e, de acordo com a empresária, fortalece o movimento.
“A gente se reúne mais para fazer presença e mostrar que existimos em Campo Grande; muitas pessoas se espantam por eu ser uma mulher de quase 60 anos dirigindo ou conduzindo um negócio numa Van, mas há mais outras pessoas que vivem também disso”, reflete.
Às quintas-feiras, ainda não ficou decidido, mas os empresários sobre rodas, vão ou à Feira do Cabreúva ou à Feira da Amazonas com a Avenida Ceará. Mas aos sábados, as três Vans e três Kombis estilizadas em moda, arte e artesanato e acessórios, marcam presença nos Altos da Avenida Afonso Pena.
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