Artista reúne marcenaria, tinta e muito talento em novo ganha-pão: a pintura sobre paletes
Milla deixou a pedagogia para se dedicar inteiramente ao trabalho
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Milla deixou a pedagogia para se dedicar inteiramente ao trabalho
Cria da junção de um músico e uma artesã, escapar ao talento artístico que sempre trouxe contigo era tarefa difícil. Mas ela tentou. Das brincadeiras de criança em meio a tinta, Milla Freitas se fez mulher e mãe de dois. Com isso era preciso ter emprego fixo, formal como ‘manda o figurino’, tornou-se professora, então. Mas lá no fundo, no âmago, o grito de artista soava mais alto. Foi aí que tudo mudou.
Há cinco meses, aos 28 anos, decidiu bancar o desafio e largou a pedagogia. E o ganha-pão? O caminho encontrado foi o mais natural deles: juntar tudo que sabe em sua própria arte. A matéria-prima é o palete, mas o que surge dele são as peças mais variadas possíveis.
Da primeira peça ela não se esquece. Uma mesinha construída sem o mínimo de recursos. “Era tudo na lixa, serrote e esforço mesmo”, conta ao explicar como fez a primeira peça, que hoje figura em destaque na sala de estar.
Com o tempo desenvolveu de tudo, até a porta que separa a sala da cozinha foi feita por ela com materiais reaproveitados. A pegada sustentável, ela diz, vem dos tempos de professora. Com as aulas desenvolveu um olhar apurado para encontrar todo tipo de material que pode ser reutilizado. “Todo o meu trabalho é pensando na sustentabilidade, em um desenvolvimento menos prejudicial. Não dá para fugir disso”, conta.
Pois bem, estava tudo muito bem, tudo muito bom, mas faltava tinta nesse trabalho. Foi aí que Milla teve a ideia de criar telas com os paletes. Eles recebem um acabamento prévio, – lixa e selante – e depois tinta. As técnicas que mais usa são o estêncil e a aquarela. Recentemente criou uma série de telas com ícones da música mundial – Freddie Mercury e Amy Winehouse são alguns deles.
O trabalho se tornou uma exposição e várias peças já viajam pelo mundo. “É uma coisa que não vi em outros lugares. Um trabalho meu mesmo que as pessoas têm gostado muito”, diz Milla. As peças são vendidas, em média, por R$200. Um valor totalmente simbólico diante da realização pessoal da artista.
“Não tive muito apoio das pessoas não. Muita gente me chamou de maluca. Diziam que por ter filhos é preciso um emprego fixo e etc. Eu concordo, mas existe um momento na vida em que é preciso apostar nos nossos sonhos e nas coisas que gostamos de fazer. Esse momento chegou para mim.”
E chegou com força. Do quintal de casa ela fez uma oficina. Os paletes de cedrinho e eucalipto – os de pino não são resistentes – estão espalhados por todas as partes e agora recebem acabamento menos “penoso”. “ Já comprei a lixadeira elétrica e outras ferramentas para ajudar”, sorri ao confirmar que encontrou ali a terapia que precisa. Se ela está arrependida? Não mesmo!
Mais trabalhos de Milla podem ser vistos em sua página no Facebook.
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