O Fito começou na sexta-feira (02) e prossegue até este domingo no Albano Franco (04)

A Fiems levou, no sábado (3), 50 crianças moradoras dos bairros campo-grandenses Jardim Noroeste, Dom Antônio Barbosa e Coophavila 2 para assistirem as apresentações do Fito (Festival Internacional de Teatro de Objetos). Promovido pelo Sesi, o evento, que prossegue até domingo (4) sempre das 16 às 22 horas, no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, caracteriza-se pela utilização de objetos produzidos pela indústria nas apresentações de 13 grupos teatrais do Brasil, Bélgica, Argentina, Espanha, França, Holanda e Itália.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o Sistema Indústria chega ao fim de 2011 cumprindo o compromisso de também desenvolver ações de caráter social e cultural. “Neste ano, levamos cinema de graça para mais de 15 municípios por meio do Cine Sesi Cultural e esclarecemos dúvidas sobre as mudanças do novo código ortográfico com o projeto Na Ponta da Língua para 41 mil estudantes de 39 cidades. Sem contar as 30 bibliotecas da Indústria do Conhecimento que mantemos em 26 municípios do Estado”, enumerou.

Ele ainda acrescenta que, na área do esporte, o Sesi promoveu, em Campo Grande, a 3ª edição da Meia-Maratona Internacional do Pantanal Volta das Nações, que reuniu 15 mil atletas. “A resposta da população às nossas iniciativas de responsabilidade social é extremamente gratificante. Ao realizar um evento como o Fito, por exemplo, verificamos o quanto as pessoas saem maravilhadas com o talento que os artistas têm para mudar a função de objetos comuns ao nosso dia a dia”, disse.

Lideranças

Para a presidente da Associação de Moradores do Bairro Coophavila 2, Maria Bernadete de Carvalho Gauto, a Fiems cumpre com êxito sua função de responsabilidade social. “Uma iniciativa como essa deve ser aplaudida, pois leva cultura de graça para a população de nossa cidade. Nossas crianças são carentes de informação e precisam ser despertadas para o que existe de novo e curioso”, disse.

Já o presidente da Associação de Moradores do Bairro Dom Antônio Barbosa, Rubens Honório Alcântara, garante que foi possível notar a felicidade nos olhares das crianças que tiveram a oportunidade de acompanhar os espetáculos do Fito. “Não tenho dúvidas que essa ação atesta mais uma vez a importância em inserirmos cultura na vida dos jovens. É preciso conhecer novos horizontes e abrir espaços para o novo e inesperado”, ressaltou.

Felicidade

Com os olhos sempre atentos a cada movimento dos objetos manipulados pelos artistas, as crianças da periferia da cidade não disfarçavam a felicidade de assistir pela primeira vez a uma peça teatral. “É impossível se distrair e não entender cada movimento que o ator fazia com os objetos. É tudo totalmente diferente de algo que podia imaginar que iria ver um dia”, disse Anahi Vicente, 9 anos.

Mariane Burguer, 11 anos, afirma que sua ansiedade foi contida com as boas gargalhadas que deu durante o espetáculo italiano Tic Tac. “Superou as minhas expectativas, pois nunca imaginei que pudesse me divertir tanto assinto uma peça que só tem um ator e não tem falas, mas que é como se os objetos falassem por todos”, declarou.

Para Eduardo Pereira, 11 anos, as apresentações foram uma grande surpresa. “É emocionante ver como que objetos podem transmitir tanta coisa ao mesmo tempo”, ressaltou. A dona Juracy Rosa Aguiar, 69 anos, que acompanhava os netos, sentiu-se uma criança novamente. “É como se voltássemos no tempo e pudéssemos sentir aquela mesma emoção e surpresa que uma criança sente”, afirmou.