O Knesset, parlamento local, vai votar se aprova ou rejeita a aliança costurada por Yair Lapid, líder do partido Yesh Atid, de centro, com Naftali Bennett, do Yamina, de direita, contra o atual mandatário. Em 2 de junho, ele conseguiu firmar uma união majoritária ao ganhar apoio do direitista Naftali Bennett, em uma coalizão antes vista como improvável.

Lapid deu início à formação da aliança, que ganhou força no último dia 30 de maio, quando Bennet declarou apoio ao grupo, que já contava com partidos que vão da direita nacionalista à esquerda radical, e inclui o centro e a minoria árabe. Netanyahu é do direitista Likud.

Segundo o acordo, Lapid e Bennett dividirão o cargo de primeiro-ministro em rodízio. Bennett servirá nos primeiros dois anos, enquanto Lapid servirá nos últimos. O partido de Naftali Bennett, o Yamina, tem somente 7 das 120 cadeiras do Knesset. O acordo histórico também inclui um pequeno partido islâmico, a Lista Árabe Unida, que o tornaria o primeiro partido árabe a fazer parte de uma coalizão governista. Bennett liderará uma aliança ideologicamente variada, que abrange desde a extrema esquerda até a direita mais intransigente e inclui – pela primeira vez na história de Israel – um partido árabe independente.

Para que esse novo governo seja efetivado, a maioria parlamentar deverá aprovar essa aliança. Caso contrário, os israelenses participarão de um quinto processo eleitoral em pouco mais de dois anos.

O primeiro-ministro tentou pressionar os comandantes da coalizão emergente para desertar e se juntar a seus aliados religiosos e nacionalistas. “Estamos testemunhando a maior fraude eleitoral da história do país”, disse Netanyahu aos parlamentares do Likud no último domingo.