Operação contra balsas de garimpo no Rio Madeira destruiu 131 dragas
Foram 69 dragas destruídas no sábado e outras 62 no domingo
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Após três dias de incursões contra balsas clandestinas de garimpo ao longo do Rio Madeira, a Operação Uiara destruiu 131 dragas, principal equipamento usado nas embarcações para sugar o leito do rio, em busca de ouro. Foram 69 dragas destruídas no sábado e outras 62 no domingo. O trabalho foi executado por grupamentos táticos da Polícia Federal, Ibama e Marinha.
Não houve nenhum registro de violência, uso de força ou disparo de arma de fogo, segundo o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Leandro Almada.
Entre sábado e domingo, três pessoas foram conduzidas à delegacia da PF no Amazonas por terem sido encontradas com certa quantidade de ouro.
“Tínhamos que dar uma resposta forte e a gente conseguiu. Esse é o resultado em 48 horas de operação”, disse Almada.
O trabalho foi realizado com apoio de equipes que seguiram de helicóptero e embarcações, a partir de Manaus (AM). As aeronaves seguiam diariamente entre a capital do Amazonas e as áreas do Rio Madeira onde estavam as balsas. As embarcações seguiram pelo Rio Amazonas, até acessar o Madeira e, a partir daí, apoiar as abordagens.
Protestos
Parte dos garimpeiros estava concentrada em áreas dos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte. As ações policiais se concentraram neste trecho. Em municípios acima, como Borba e Manicoré, houve concentração de balsas. Nestas duas últimas cidades, os garimpeiros também chegaram a fazer manifestações de protesto, de forma pacífica, contra os atos de repreensão.
Entre os agentes, houve apreensão de que uma investida da operação nestas novas aglomerações, que neste domingo, 28, chegaram a concentrar cerca de 20 balsas em Borba, pudesse gerar uma situação de risco.
Almada disse, porém, que a decisão de não ir até a região deve-se a uma questão de autonomia dos equipamentos utilizados na operação. “Nossa avaliação é de que o resultado já foi alcançado. Chegou a ser melhor do que esperávamos, principalmente após aquele primeiro movimento de evasão”, comentou. “O trabalho acabou avançando em uma área até maior do que imaginávamos. Mas é claro que, se vierem de novo, haverá nova operação.”
Nesta segunda-feira, agentes da PF devem recolher amostras de cabelo de moradores da região de Autazes. O objetivo é verificar, a partir de testes, se há alguma quantidade de mercúrio presente no organismo da população.
O produto químico utilizado no processo de separação do ouro de demais substância é extremamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente. “Vamos fazer esse levantamento e buscar a prova material da contaminação”, disse Almada.
Notícias mais lidas agora
- Adolescente tinha salário roubado pela mãe e diz ter usado cocaína pela 1ª vez para cometer o crime
- MAPA: Confira onde ficam os radares que mais multam em Campo Grande
- VÍDEO: câmera flagrou acidente que deixou motociclista gravemente ferido no São Jorge da Lagoa
- Preso com 52 quilos de cocaína em Campo Grande é executado a tiros na fronteira
Últimas Notícias
Vereadores reeleitos são 40% dos escolhidos para câmaras municipais
23.823 já tinham mandato e iniciarão mais quatro anos em 2025
Dólar fecha em alta de 0,85%; real tem 2º pior desempenho entre emergentes
O dólar à vista fechou em alta de 0,85%, a R$ 5,5328
Adolescente envolvido em latrocínio e morto em hospital tinha mais de 20 passagens como menor infrator
Gustavo Henrique estava internado em Chapadão do Sul após confronto com a polícia por envolvimento em roubo seguido de morte
Fazendas do Pantanal recebem ‘fogo bom’ para prevenir novos incêndios florestais
Queima prescrita tem como principal objetivo reduzir vegetação seca que pode virar combustível para o fogo se alastrar
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.