Secretário Jamal reclama de nota da Santa Casa e anuncia depósito de salários

Após reclamação de Jamal, Santa Casa mantém o mesmo teor de nota anterior

Depois da paralisação de cerca de 1.200 enfermeiros da Santa Casa de Campo Grande, em vista do atraso de pagamento dos salários, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ressaltou que hospital foi injusto por direcionar a culpa do atraso ao município – em nota oficial – sem citar o repasse não feito por parte do Ministério da Saúde. Em vista disso, a Sesau anunciou que vai depositar R$ 10 milhões em salários atrasado nesta segunda-feira (9).

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Jamal Salem, o verdadeiro culpado pelo atraso é o Ministério da Saúde e não o município. “Dos R$ 11 milhões atrasados, a maior parte, R$ 10 milhões, vem do Governo Federal, que atrasou o repasse por conta da crise pela qual o País passa. Ficamos chateados com o hospital, pois não somos caloteiros”, esclarece.

Por outro lado, de acordo com Jamal, o Ministério da Saúde só deve repassar os recursos atrasados em meados de junho ou julho, até lá a Sesau garante que tem dinheiro em caixa para pagar o salário dos enfermeiros. “O restante dos salários atrasados vem de um repasse do governo estadual e já está em caixa. Só estamos dependendo do processo burocrático, que está retardando o depósito”, conta.

Já para a Santa Casa não houve injustiça alguma. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, quem deposita o dinheiro na conta é o município e não o Ministério da Saúde. Desta forma, de acordo com o hospital, a Prefeitura teria de explicar melhor o motivo do atraso. A assessoria de imprensa concluiu ressaltando que mantém o mesmo teor da nota oficial divulgada na última sexta-feira (6).

Reunião na tarde desta segunda-feira

A Sesau destaca que, por volta das 14 horas desta segunda-feira (9), haverá uma reunião na Santa Casa, da qual participarão a administração do hospital e a Secretaria Estadual de Saúde.

Estão previstos na pauta desta reunião assuntos como o repasse de R$ 12 milhões para o hospital, caso a reforma e construção de 100 leitos de emergência seja concluída. Esse repasse será feito durante quatro meses, sendo dividido em parcelas de R$ 3 milhões.

Ademais, serão discutidos temas como o funcionamento da ortopedia, cirurgia e psiquiatria do hospital.