Recapeamento de uma faixa em metade de quadra deixa comerciantes intrigados

Por conta dos ocorridos, o MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito

Um serviço de recapeamento em uma das faixas da Rua Ricardo Brandão entre as Ruas Bahia e a Levinda Ferreira deixaram comerciantes e trabalhadores próximos intrigados. O recapeamento foi feito no que se compreende a metade da quadra, somente na faixa esquerda. Quem viu o serviço no momento em que era feito, conta que não havia buracos e nem fissuras no asfalto.

Na faixa do meio, aparentemente também foi jogado uma lama asfáltica, porém mais fina que a outra faixa. Já na direita, o que é visto são pedras provenientes do serviço feito. De acordo com quem trabalha próximo, estava chovendo no primeiro dia em que foi jogado a lama.

“Achei que iam fazer tudo, foi mal feito, não tinha buracos e havia caído uma chuva fraca e quando terminaram os carros já estavam passando por cima”, lembra o pintor Josias de Araújo de 21 anos, dono de uma empresa que faz serviço próximo ao ocorrido.

“Indignação total, nós temos um clube (motociclistas), e desde novembro o autódromo está interditado, pois precisa refazer o asfalto. É um local que por exemplo daria para usar e tirar esses ‘empinadores’ da rua”, diz  Sandro Campos, que confirmou que no local não tinha buracos. A reportagem tentou contato com o secretário da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Valtemir Alves de Brito, porém ele não atendeu as ligações.

Tapa-Buraco

No último dia 22 de janeiro, o porteiro Eder Palermo gravou de seu próprio celular remendos feitos em locais onde não tinham buracos, na região do Parque dos Poderes.

 Indignado, Eder resolveu procurar os moradores do condomínio e relatar o flagrante. Com a autorização e recomendação de divulgação, o porteiro postou o vídeo nas redes sociais. “Sempre ouvi falar que faziam reparos sem necessidade, mas não acreditava. Desta vez vi. É um absurdo”, comenta.

Outro vídeo divulgado nesta segunda-feira (2), trouxe à tona o que seria novo desperdício de dinheiro público em obras pelas ruas de Campo Grande. Desta vez, um leitor do Mídiamax flagrou operários realizando tapa-buraco debaixo de chuva e questionou a eficácia do serviço.

Por conta dos ocorridos, o MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito para investigar o caso e deu cinco dias para a Prefeitura se explicar e responder sobre as ações de tapa-buracos. Por conta dos procedimentos, a prefeitura informou que está sendo aberto um inquérito para investigar este tipo de procedimentos.