Profissionais comemoram Dia do Turismo e veem ascensão da classe na Capital

Agronegócio e grande número de eventos têm impulsionado a profissão

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Agronegócio e grande número de eventos têm impulsionado a profissão

Segunda-feira, 2 de março, Dia Nacional do Turismo. E como anda o turismo em Campo Grande e Mato Grosso do Sul? Muito bem, obrigado. É o que diz quem está envolvido com a profissão. O Jornal Midiamax conversou com um professor, uma turismóloga e uma acadêmica de turismo e todos afirmam: a classe está em ascensão.

Em alta

Professor de turismo, Milton Mariani explica que a ascensão da profissão no mercado é grande por conta da força do agronegócio no Estado. “Por conta disso o turismo tem crescido muito aqui. Cada vez mais precisam de profissionais da área para as companhias aéreas, hotéis, isso vai gerando emprego para a área”.

Mariani junta à força do agronegócio o grande número de eventos, principalmente na Capital. “O número de eventos está aumentando, isso beneficia toda uma cadeia produtiva do turismo. Quanto mais eventos, mais restaurantes, bares, mais áreas de lazer, mais empresas de locação de veículos, tudo isso é coordenado pelo profissional da área”.

O professor afirma que a ascensão perceptível, tendo em vista os hotéis lotados durante toda a semana. ”Tem grandes redes hoteleiras se inserindo no Estado e na Capital. Isso vai fortalecer cada vez mais a contratação de profissionais da área”.

Para Milton, embora não pareça, a profissão está sendo valorizada em Campo Grande. “Muitos empreendimentos da área estão contratando os bacharéis em turismo. Tenho alunos que já fazem estágios em agências, em hotéis. Estão primando por qualidade e competência”.

Resistência

Fernanda Arce, de 31 anos, é formada em turismo e trabalha em hotel na Capital há 3 anos e meio. Ela também relata avanço na categoria, mas faz uma resalva: “Está crescendo muito, mas tem muita gente trabalhando no ramo que não é capacitada”.

A profissional tenta explicar o motivo desta falta de mão de obra qualificada. “Tenho colegas que desistiram, fizeram outras faculdades, partiram para outros ramos. Também tem gente que foi para outros lugares do Brasil”. Fernanda usa como exemplo reunião da sua turma da faculdade marcada para este mês. “A maioria não trabalha com turismo”.

Apesar de ver muitos debandarem, Fernanda segue firme como turismóloga. “Eu gosto de trabalhar com pessoas de diferentes culturas e nacionalidades. Mesmo no hotel que é fixo, o fluxo é grande, o dia-a-dia é diferente, está sempre mudando. Gosto de lidar com públicos diferentes. Tem gente que pensa que aqui não tem isso e tem sim, tem muita gente de fora”.

Paixão

Júlia Mesquita , de 19 anos, veio de São Paulo para estudar turismo na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). No terceiro semestre, a jovem se diz apaixonada pela área. “Meu pai trabalha com isso e eu gosto bastante. Me identifique muito com turismo”.

Sobre a profissão no Estado e na Capital, a acadêmica afirma que vê boas perspectivas, tanto que já tomou decisão. “Pretendo ficar aqui no Estado, quero trabalhar na área de turismo para planejamento, trabalhar com o Governo”, conta.

Para a jovem, o que falta é a valorização da profissão. “Tem bastante mercado, o que falta é darem importância. As pessoas não valorizam o turismo, uma das áreas que mais gera economia para uma cidade, um estado, um país. Falta uma valorização maior”.

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