Prefeitura põe jardim em UPAs e revolta servidores com salário reduzido

Na UPA Universitária foi feito um projeto paisagístico que indignou servidores da saúde

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Na UPA Universitária foi feito um projeto paisagístico que indignou servidores da saúde

Em tempos de corte de ‘gorduras’ na saúde, anunciado pela Prefeitura de Campo Grande, os profissionais da área estão indignados com o dinheiro gasto com projetos de paisagismo em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento Comunitário). Os servidores questionam por qual motivo o executivo municipal corta parte da remuneração dos servidores para investir tal recurso em frentes sem tanta prioridade.

A reportagem do Jornal Midiamax fez uma consulta com paisagistas e constatou que um projeto de jardinagem, por mais modesto que seja, não sai por menos de R$ 5 mil.

De acordo com um servidor que preferiu não se identificar, em vista de possíveis represálias, várias fotos de um projeto de jardinagem, feito na UPA do Bairro Universitário, estão circulando em grupos do WhatApp, dos quais os servidores fazem parte.

“Está todo mundo revoltado com isso. Eles já começaram com os cortes dos plantões, deixando muita gente com o orçamento mais enxuto. Por outro lado, eles fazem jardim, gastando dinheiro com coisas desnecessárias?”, questiona.

Outro profissional ressalta que a gastar com jardinagem é uma falta de respeito com os profissionais da saúde. “É mentira que está faltando dinheiro. Essa administração só pretende prejudicar os trabalhadores, estão todos insatisfeitos”, esbraveja.

Por sua vez, a Prefeitura de Campo Grande foi procurada pela reportagem do Jornal Midiamax para comentar se está sobrando dinheiro para gastos com paisagismo, contudo, até o fechamento deste texto, não houve retorno.

Corte de ‘gorduras’

O secretário municipal de saúde, Jamal Salem, anunciou, no fim de janeiro, que haveria um corte de ‘gorduras’ na saúde municipal. Segundo ele, isso não representaria o corte de plantões dos servidores e sim o remanejamento de serviços improdutivos.

Todavia, para os servidores da saúde isso não representa e realidade. Segundo eles, os plantões já começaram a ser cortados. Alguns reclamam que o salário pode diminuir em mais da metade, baixando de R$ 1700, por exemplo, para R$ 800.

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