Familias perdem o sono à espera dos agentes da Prefeitura

Com o fim do prazo, nesta quinta-feira (15), para e remoção das famílias moradoras da Cidade de Deus para o , a Prefeitura afirma que não há previsão para que isso ocorra. No fim de 2014, foi firmado um acordo judicial, coordenado pelo juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira, que previa esta remoção até a primeira quinzena de janeiro de 2015.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de , não há um dia específico marcado para que as famílias sejam removidas, vizinha ao Lixão.

A proximidade com o fim do prazo deixou os moradores da Cidade de Deus apreensivos. A maioria não conseguia dormir, pois não querem sair da comunidade, já que muitos trabalham como catadores de material reciclável.Prazo previsto para remoção vence e famílias ficam apreensivas na Cidade de Deus

A catadora Margarida de Moura, de 60 anos, afirma que a semana foi angustiante. “Não dormi direito porque fiquei esperando os agentes da Prefeitura, achava que eles poderiam chegar a qualquer momento. Eu não quero sair daqui, pois lá no Noroeste não tem estrutura para se viver”, ressalta.

Da mesma forma, a catadora Severina de Moura, de 65 anos, afirma que não faz sentido se mudar do local. “Não adianta mudar a gente de uma favela para outra favela. Só compensaria se nos mudássemos para uma casa, pois temos condições de pagar as prestações”, explica.

O caso

Além das famílias que moram na Cidade de Deus, os atuais moradores do Jardim Noroeste também são contra a remoção. Segundo eles, não há estrutura para atender, sequer, os atuais moradores. Eles reclamam da falta de escolas e de unidades de saúde na região.

Desta forma, a Prefeitura assinou a documentação para iniciar a desapropriação de uma área particular, localizada no Jardim Noroeste. Esta área será destina a abrigar as famílias da outra comunidade.