Ouvidoria vai a terminais e constata, de novo, falta de ônibus e de limpeza

Relatório com principais problemas será concluído em 20 dias

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Relatório com principais problemas será concluído em 20 dias

A ouvidoria da Prefeitura de Campo Grande iniciou, nesta terça-feira (13), um trabalho que pretende identificar os principais problemas do transporte coletivo da Capital. No primeiro dia de trabalho, a equipe de pesquisa constatou que, no Terminal Bandeirantes, onde circulam em média 70 mil passageiros atendidos por 14 linhas de ônibus, as principais reivindicações são sobre o aumento da frota e a falta de limpeza nos veículos e dos próprios terminais.

As reclamações serão inseridas em um relatório que será encaminhado ao prefeito Gilmar Olarte (PP). Depois de passar pelo chefe do Executivo municipal, o relatório será encaminhado para a Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) e Guarda Municipal.

A  ouvidora-geral do município, Jacqueline Hildebrand Romero, informou que o trabalho deve ser concluído em no máximo 15 dias e que o intuito é identificar os problemas para que as melhorias sejam iniciadas. “Todos os problemas serão informados no relatório que deve ser concluído em 20 dias. Depois disso as melhorias devem começar em mais 30 dias”, disse a ouvidora-geral.

A dona de casa Ruth Ramos, de 55 anos, espera que o resultado corresponda às expectativas.  “Precisamos de mais ônibus e mais qualidade nos serviços oferecidos”, observou. Lucimara Lopes da Silva, de 56 anos, afirmou que os banheiros ficam constantemente sujos e que em muitos casos, é impossível utilizá-los. “Eu nem entro porque falta higiene. São sujos e o cheiro é muito forte, dá até enjoo”, relatou.

Embora a falta de limpeza seja frequentemente apontada como um dos principais problemas nos terminais de ônibus da Capital, Alice Xavier Nunes, funcionária da empresa responsável pelo serviço de limpeza defende que a falta de cuidado dos usuários do transporte coletivo dificulta o trabalho.

“É complicado porque a gente limpa e eles bagunçam tudo. Tem uma menina que é usuária de droga, todos os dias ela vem ao terminal, usa o banheiro e faz muita bagunça e assim como ela, muitos têm dificuldade em apertar a descarga e deixam as necessidades à mostra. Eles reclamam, mas não colaboram”, justificou.

Ainda entre os problemas apontados pelos usuários de transporte coletivo, a pedagoga Ana Aragão, de 32 anos, destacou a necessidade de ar-condicionado nos veículos. “Quando está sol é muito quente, ninguém aguenta o calor, e quando chove as janelas ficam fechadas e o ônibus fica muito abafado”, relatou.

Em média 280 mil passageiros circulam entre os oito terminais de ônibus de Campo Grande. A intenção é que sejam ouvidas entre duas e cinco mil pessoas.

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