Segundo o prefeito, Sesau tem atribuição de tomar medidas sobre o caso

Se depender da Prefeitura de Campo Grande, os cofres públicos não receberão a curto prazo R$ 8,2 milhões referentes ao contrato do Gisa (Gerenciamento de Informações Integradas da Saúde), que devem ser devolvidos ao Ministério da Saúde. “É uma discussão longa”, disse na manhã desta sexta-feira (16) o prefeito da Capital, (PP), quando questionado sobre o assunto.

O Ministério da Saúde rescindiu no dia 8 de janeiro último contrato com a Telemidia Tecnology, contratada para implantar o sistema na cidade ainda na gestão de Nelsinho Trad, que terminou em dezembro de 2012. “A rescisão unilateral foi motivada após constatações de irregularidades na empresa vencedora da licitação realizada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande”, avisou o órgão federal.

Na linha do “vamos falar de coisa boa” adotada por Olarte normalmente, ele evitou detalhar se a Prefeitura vai devolver o dinheiro no prazo solicitado pelo Ministério da Saúde. “Não vamos focar em coisas negativas”, dizia o prefeito enquanto era questionado sobre o assunto por jornalistas, nesta sexta, na sede da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

“Ainda será discutido o que fazer, vamos cumprir nosso papel”, disse o prefeito, comentando que é atribuição da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) adotar os procedimentos em relação ao caso. “Eu não trouxe o problema”, completou.

O Gisa nunca funcionou. No entanto, a CGU (Controladoria Geral da União) fez levantamento, a pedido do MPF (Ministério Público Federal), e detectou uma série de irregularidades no contrato.

Com base nisso, o Ministério da Saúde quer o dinheiro de volta. Caso contrário, levará o processo ao TCU (Tribunal de Contas da União) e “a União poderá acionar judicialmente a Prefeitura Municipal de Campo Grande para o ressarcimento devido”.