Mercado de Decoração de Festas usa Facebook como isca: mas e se o negócio for furado?

Gislene contratou o serviço pela Rede Social e não se deu bem: qual a vantagem de oficializar a transação

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Gislene contratou o serviço pela Rede Social e não se deu bem: qual a vantagem de oficializar a transação

A festa de aniversário da filha de Gislene Nantes, dos seis anos de idade, não guardará boas lembranças. O evento familiar, que reuniu 70 pessoas, no dia 17 de janeiro deste ano, teve problemas com o serviço de Buffet contratado a partir de uma publicidade veiculada no Facebook. A decoração não foi do jeito que ela esperava, os docinhos e outras coisas impediram o momento de ser especial, o que fez com que a consumidora agora pense duas vezes antes de contratar sem uma checagem maior.

“Hoje o Facebook, nessas páginas especializadas ofertam de tudo, e é muito mais fácil você achar uma oportunidade de negócio se procurar por esse meio. Até emprego oferecem em postagem. Eu cheguei a essa empresa e outras do setor de Buffet pela Rede Social, conversei com a moça, acertei, mas infelizmente não ocorreu como eu esperava”, diz a secretária.

Para Gislene, o fato de não ter consultado se a empresa é formalizada não interferiu na série de incidentes que prejudicaram na organização da festa de sua filha. Conforme ela, a partir da pesquisa de mercado que havia feito antes de contratar, é muito difícil descobrir empresas do ramo que tenham CNPJ, principalmente com referência para o serviço de decoração apenas.

Consultada pelo Midiamax, a dona da empresa contratada por Gislene confirmou a falha de atendimento no aniversário da filha da cliente, que de acordo com a fornecedora ocorreu por vários motivos. A empresária, identificada como Thaynara explicou que no dia do evento também teve problemas de Saúde, o que de certa forma influenciaram no seu desempenho e no da sua equipe para a prestação do serviço.

“Muita coisa fez a diferença para que não tivesse dado certo. No meu ramo de atividade a satisfação do cliente, a felicidade dele, é o mais importante, o que lamentei nesse episódio. Geralmente esse tipo de coisa é mais suscetível a acontecer quando a contratação acontecer em cima da hora. Revi algumas questões depois dessa festa e vamos buscar melhorias”, diz Thaynara, que desde o ano passado atua com a empresa, criada após ter iniciado em 2012 a comercialização de doces.

A empresária contou à reportagem que embora não tenha formalizado o acordo pela prestação da atividade com Gislene sempre procura fazer um contrato dos serviços que atende. Na logística da empresa se resguarda a organizar uma festa por final de semana se o pedido for por assistência em decoração, comida e animação (pintura facial e coordenação de brincadeiras infantis por exemplo).

A empresa chega a recrutar pontualmente em algumas festas até doze colaboradores para atender o cliente. O preço da contratação varia entre R$ 450,00 a R$ 1250,00 relata Thaynara, empreendedora de apenas 19 anos de idade. 

“Até uma conversa por Rede Social que seja registrada vale como contrato, assim como o acordo verbal entre as partes, o que não gera uma Segurança Jurídica sem uma formalização. Por isso é importante a assessoria jurídica na elaboração do contrato dessa prestação de serviço, como base para qualquer oferta. Bom para o cliente confirmar se o que está sendo oferecido tem um amparo e para a empresa, que nessa relação é menos forte que o consumidor”, diz o especialista em Direito do Consumidor, o advogado Hugo Fanaia Medeiros, em alusão a ‘inversão do ônus da prova, determinado na Lei Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 (O Código de Defesa do Consumidor).

Dicas para prevenir problemas

Consulte uma empresa que você conheça a procedência ,

Se possível acompanhe um evento organizado pela empresa

Tente se informar se a empresa é formalizada

Exija um contrato onde a natureza do atendimento ofertado é descrito

Planeje a festa com antecedência

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