Homem que criou campanha do ‘Na mesma Moeda’ se diz decepcionado e desiste de mobilizações

Leandro Faquim vê maior dificuldade das pessoas hoje se engajarem por causas sociais: desânimo com a Política piorou

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Leandro Faquim vê maior dificuldade das pessoas hoje se engajarem por causas sociais: desânimo com a Política piorou

Como o Midiamax noticiou no último sábado, 31 de janeiro, nas duas maiores cidades do Estado internautas tentavam recrutar manifestantes contrários ao aumento da gasolina. Em páginas do Facebook, os motoristas de Dourados e de Campo Grande foram convocados a abastecer seus veículos com moedas de R$0,50 ou efetuar o pagamento da operação com o cartão de crédito. A ideia, intitulada ‘Na mesma moeda’ é uma cópia de uma ação realizada em 2012 em Curitiba, que posteriormente foi reproduzida em muitas cidades. Em Mato Grosso do Sul poucos adeptos da ideia e no Paraná o criador da ‘afronta’ hoje alheio a mobilizações.

“Naquela época me assustei com a repercussão, até porque foi algo que surgiu de uma conversa em um evento automotivo. Uma roda de conversa, que participei, questionou o aumento do combustível na época e tivemos a ideia que fez mil pessoas aderirem a causa em protesto na rua, sendo que pelo menos 100 fizeram o abastecimento da maneira que sugerimos. Hoje fiquei mais reservado, desanimei assim como muitos, a Política e os escândalos tirou até esse ânimo de se questionar as coisas”, diz o coordenador do primeiro ‘Na mesma moeda’, o autônomo, Leandro Faquim. 

Em entrevista exclusiva ao Midiamax, ele conta que hoje é convidado a outros protestos e deixou de organizar até para evitar de trazer para sua vida outros problemas. Há dois anos e três meses atrás, quando realizou a campanha, Leandro chegou a ser ameaçado, assim como outros colegas.
 
“Não é muito fácil trazer a população para participar da causa. Precisa de tempo e esperar a coisa ter aceitação. Na vez que fiz em 2012 o Procon local comprou a briga e multou o sindicato dos postos de gasolina. Mexemos com muitos interesses sem saber. Aqui no Paraná como em muitos locais funciona nesse setor um cartel, por isso até recuei para não ser ameaçado. O Governo vive esses escânlados do Petrolão e no fim das contas é a gente da população que paga: lamentável”, diz Leandro. 

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