Caminhoneiros fecham seis entradas de rodovias federais em Mato Grosso do Sul

Por volta das 6 horas desta terça-feira (24), os caminhoneiros iniciaram uma para que reajuste no valor do frete, que de acordo com eles não há a pelo menos cinco anos é o mesmo. A equipe do Jornal Midiamax esteve em um dos seis pontos em que eles estão paralisados e soube que, os grevistas receberam apoio do sindicato com alimentação e haverá a instalação de banheiros químicos ao longo dos pontos congestionados.

Em , a paralisação ocorre na BR-163, na região sul, para quem chega à capital, assim como na BR-262, área oeste, próximo do Bairro Indubrasil. Além disso, o macroanel que dá acesso a saída de Cuiabá e Sidrolândia, já estão complicados por conta do volume de veículos parados.

Os demais pontos de paralisação é em São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas. Apenas veículos de passeio, motocicletas, ambulâncias e caminhões com carga viva estão sendo liberados.

“Acredito que as empresas poderiam ver melhor a situação do caminhoneiro, apoiando a nossa situação. Mas, infelizmente, muitos em vez de entender mandam a gente pra rodovia com carga. Todos que estão aqui estão com mercadorias”, fala o caminhoneiro Maurício Pereira dos Santos, de 66 anos, que tem 40 anos de estrada.

Ele afirma que o reajuste do frete está estagnado. “faz cinco anos que o valor é mesmo, enquanto isso, o combustível só aumenta. Como trabalhar desta forma, se o valor do nosso trabalho não acompanha os gastos necessários?”, questiona Maurício e completa, “acredito que se os companheiros se mantiverem firmes nas rodovias no dia de hoje, poderemos ter algum avanço, mas isso depende de nós mesmos”.

O empresário Pedro Paulo Feronato, de 51 anos, confirma que a situação das empresas de veículo de carga está se tornando precária. “Tenho dez caminhões, mas a situação está insustentável para colocá-los para rodar. Pelo menos 60% do valor ganho vão para combustível, ainda tem a comissão do motorista, manutenção dos veículos e pedágio. O que sobra para a empresa é quase nada”, explica.

Apesar da PRF (Polícia Rodoviária Federal) informar que a greve está programada para ocorrer no período de 24 horas, alguns caminhoneiros que participam do protesto informaram que, em Campo Grande, eles permaneceram até às 18 horas.