Assembleia Geral irá decidir se a categoria aceita proposta de reajuste indicada pelo Governo do Estado

Segue o impasse entre e Governo do Estado quanto a indefinição sobre uma possível greve dos professores em pleno início do ano letivo de 2015. A categoria recebeu na última semana uma proposta da Administração Estadual que se dispõe a atender o aumento previsto na Lei 4464/2014, mas de forma paliativa. Dessa forma os 25% de acréscimo salarial da categoria só seria conseguido por etapas, o contrário do que a Fetems (Federação dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul) tentou evitar durante todas as negociações, que já perduram por um mês. Nesta segunda-feira (09), os presidentes dos 73 sindicatos filiados à entidade e a direção se reuniram para debater a situação, que deverá ser verdadeiramente definida até o dia 12 de fevereiro, com a realização de Assembleia Geral. 

De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, os presidentes saíram conscientes da reunião quanto ao cenário de negociação do .“A FETEMS é uma entidade democrática, cabe a nossa categoria, filiados e filiadas, decidirem se acatam ou não questões como a proposta de reajuste apresentada pelo Governo, espero que todos estejam presentes nos fóruns de debate e consigam expor sua opinião. No próximo dia 12 nós saberemos se iniciamos ou não as aulas em MS”, afirma. 

Roberto Botareli também esclareceu na reunião questões sobre a situação dos convocados de MS. “Nós não somos contra os convocados, somos sim contra a falta de direitos e garantias de uma carreira digna, por isso defendemos a efetivação dos nossos educadores, queremos mais concursos públicos e segurança de que cada dia mais os nossos trabalhadores em educação possam ter uma carreira sólida”, disse.

O presidente da entidade fez questão de lembrar no encontro desta segunda-feira (09) que quando o Estado tinha 360 mil alunos na Rede Estadual, alguns anos atrás, trabalhava com seis mil convocados. Em 2014, com 260 mil alunos, o estado trabalhava com 10.900 convocados. “Agora fica a pergunta, se tínhamos o ano passado, 100 mil alunos a menos, como se explica esse aumento de convocações? É simples, a grande maioria, infelizmente, estava fora de sala de aula, fora da legislação, cedidos para assessorias, para cargos de confiança, entre outras funções e o dinheiro da educação indo para o ralo. Isso que não admitiremos”, afirma.

Proposta apresentada pelo Governo

Entre os pontos apresentados pelo poder público estadual está o cumprimento dos 13,01% do reajuste do Piso Salarial Nacional, na folha de fevereiro, retroativo a janeiro de 2015. Criação de Comissão que irá debater a aplicação dos 10,98% restantes, garantidos na Lei 4.464/2014 e aplicação do piso nacional por 20 horas, até 2018, como prevê a meta 17 do Plano Nacional de Educação.