Do calor ao frio extremo, o contraste para quem vive lá fora

Mesmo vivendo baixas temperaturas, muitos brasileiros afirmam que adaptação não é difícil

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Mesmo vivendo baixas temperaturas, muitos brasileiros afirmam que adaptação não é difícil

Enquanto em Campo Grande vivemos temperaturas na casa dos 38°C, 39°C, e temos que achar meios para amenizar a situação e esconder do sol escaldante, sul-mato-grossenses que moram fora do Brasil vivem abaixo de zero nesta época do ano, com nevascas que acabam fechando estradas e escolas em vários estados dos Estados Unidos, por exemplo. 

A jornalista Daiane Tamanaha, que mora em Lawrenceville, em Nova Jérsei, conta que as temperaturas agora neste mês ficam na casa dos -2ºC a -12ºC, mas que sua adaptação aconteceu mesmo no Japão, antes da mudança para o EUA. “Antes de vir para os EUA morei no Japão, e o frio lá é muito mais intenso, então o segredo é ter sempre roupas boas, casacos, botas, protetores de orelha”, explica a jornalista, que ainda fala sobre sua nova percepção do que é frio e calor.

“Quando visitei o Brasil nesse fim de ano, achei insuportável o calor, e não via a hora de voltar para me refrescar, mas quando cheguei queria o calor do Brasil, e demorei duas semanas para me adaptar novamente”, fala Daiane. O que para muitas pessoas temperaturas em torno do zero grau seria impossível de aguentar, para Daiane é simplesmente normal.

Outro brasileiro que mora nos Estados Unidos, em Myrtle Beach, na Carolina do Sul, conta que teve de se adaptar a temperaturas tão rigorosas é Régis Souza, “Aqui sabemos sobre o tempo, principalmente, quando podem ocorrer nevascas muito antes para a prevenção, e aqui temos caminhões e esteiras que jogam sal no gelo para descongelar.”, explica Régis.

O grande problema é quando acontece um fenômeno chamado pelos americanos de “Black Ice”, quando a temperatura fica muitos graus abaixo de zero, chove, mas não neva, e com temperaturas muito baixas lagos e asfalto congelam, e no caso das rodovias as pistas ficam escorregadias podendo causar acidentes.

A população sempre é avisada com antecedência quando existe a previsão de fenômenos como este para, que as pessoas possam fazer estoque de comida evitando sair de suas residências. Nos estados de Nova York e Massachusetts onde acontecem com mais frequências nevascas, as escolas são fechadas até que o tempo melhore, e as crianças possam voltar às aulas.

Mas para estes brasileiros, que viveram altas temperaturas no Brasil onde as estações não são muito definidas, e agora vivem o extremo de baixas temperaturas afirmam que o começo é difícil, já que não estamos acostumados a temperaturas tão rigorosas. Mas que com o tempo tudo fica mais fácil, e o problema se inverte, pois quando visitam o Brasil acabam achando insuportável o calor feito no país de origem.

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