Com 95% pronta, obra de hospital pode parar por trâmite burocrático

Secretário de Saúde revelou que espera, junto com o governador, agenda em Brasília com o ministro da Saúde

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Secretário de Saúde revelou que espera, junto com o governador, agenda em Brasília com o ministro da Saúde

O secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, revelou na tarde desta segunda-feira (12) que um problema no projeto arquitetônico está atrasando o fim das obras do Hospital do Trauma, em Campo Grande.

“Existe uma necessidade de uma aprovação da Prefeitura do projeto, que esbarra numa questão arquitetônica da região. É realmente um impedimento. Não é ambiental. Na verdade, precisa ver se o prédio novo faz parte do projeto arquitetônico da região”, revelou o secretário.

Tavares evitou dar um prazo para conclusão das obras. “Acho que nós conseguimos até o próximo mês ter uma noticia boa para dar à população da Capital. Falta muito pouca coisa. O hospital está com 95% da parte física pronta”, destacou.

As afirmações do titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde) foram feitas durante visita do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), no início da tarde de hoje (12).

“Temos como prioridade abertura de novos leitos. A conclusão do Hospital do Trauma e do Hospital do Câncer”, declarou Reinaldo, que junto com Nelson Tavares aguarda uma agenda com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, para acelerarem o processo de construção da unidade anexa à Santa Casa.

O secretário de Saúde pontua que, além da falta recurso e do questionamento sobre o projeto arquitetônico, feito pelo MPE (Ministério Público Estadual), a finalização do Hospital do Trauma ainda depende da liberação, por parte da pasta de Chioro, de alguns convênios e de equipamentos. 

“Acho que é perfeitamente superável (questão arquitetônica), se houver gestão junto ao Ministério Público. Não faz sentido um hospital de trauma, que é um caos no Mato Grosso do Sul, não encaminhar devido a isso”, alegou Tavares.

Durante a agenda no HRMS, o governador e o secretário de Saúde voltaram a destacar que a prioridade do governo é a ampliação do atendimento na rede de saúde já existente. Tavares afirmou que existe uma “desorganização do sistema”, já que algumas vezes um paciente ocupa um leito por muito tempo à espera de um simples exame antes de uma cirurgia.

As obras do Hospital do Trauma, que já consumiram quase R$ 10 milhões, começaram em junho de 2010, gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), e tinham previsão inicial de 360 dias para conclusão. Quando pronta, a unidade deve ter cerca de 140 leitos, com pelo menos 110 de internação e 18 de observação, além de 10 vagas de CTI (Centro de Tratamento Intensivo), três de isolamento e cinco salas de cirurgia. 

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