Auxiliar administrativa não consegue atendimento para filho de 2 anos na Capital

Mãe teve que ir para clínica particular para que bebê fosse atendido

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Mãe teve que ir para clínica particular para que bebê fosse atendido

A auxiliar administrativa Micheme de Medeiros, de 34 anos, passou a manhã inteira tentando atendimento para seu filho de 2 anos nesta segunda-feira (2), na Capital. Depois de não conseguir pelo SUS, Micheme teve que levar o bebê à clínica particular durante a tarde.

“É um absurdo. Uma cidade deste tamanho e eu não consigo que meu filho seja atendido pela saúde pública. Tem que estar morrendo? O que é preciso?”, indaga. A criança estava vomitando sem parar, pálida e com os lábios roxos, o que fez a mãe suspeitar de anemia.

A primeira tentativa de Micheme foi ao Cempe (Centro Municipal Pediátrico). Médica passou soro para o bebê e indicou que ela procurasse outro hospital. “Nem coletou sangue, nem fez exame. Meu filho não estava se sentindo bem, precisava ser atendido. Ele não consegue comer, beber água. Quando mama, vomita na hora”, conta.

Depois disso, a auxiliar foi com o filho até o posto de saúde 24h das Moreninhas, onde foi informada que não havia pediatra no local. “O enfermeiro me disse que pediatra só depois das 6. Ele ainda viu meu filho e disse que ele precisava ser hidratado”, relata.

Micheme ainda passou por outro hospital, onde também não havia pediatra. Sem saída, foi para clínica particular. “Tive que pagar por um serviço que na teoria eu teria de graça. É triste, um descaso com a população. Não estamos no interior, estamos em uma capital”.

Outro lado

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) declarou que foi constatado em avaliação clínica no Cempe que não seria necessário a Intra venoso, apenas soro via oral e medicamento para vômito. “A criança saiu do Hospital atendida e com o receituário dos medicamentos que a pediatra a receitou”. Micheme revelou ao Jornal Midiamax que funcionários do Cempe ligaram para se desculpar pelo ocorrido.

A Sesau ainda explicou que, por falta de profissionais da área, os postos de saúde estão sem pediatras. “Os pediatras estão se concentrando nas UPAs (Unidade de Pronto-Atendimento Médico), onde casos de emergência são atendidos e há pediatras”.

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