Apaixonados por carros antigos desfilam diferentes modelos de Fusca na Capital

Para donos de Fusca, carro não tem preço e é tratado como membro da família

Lançado no Brasil no fim da década de 50, pela Volkswagen, o Fusca com seu design pequeno e charmoso conquistou fãs em todo o país. No ano de lançamento foram vendidas 8.406 unidades. Com o passar do tempo, a paixão pelo modelo alemão aumentou e por isso, o carro que já foi chamado de besouro, ganhou até datas comemorativas em sua homenagem. Neste domingo (18), vários condutores apaixonados por Fuscas se reuniram para desfilar na 5° Fusqueata. 

O encontro que juntou mais de 100 pessoas foi realizado em alusão ao Dia Nacional do Fusca,  comemorado no próximo dia 20. Com apoio da Polícia de Trânsito,  os motoristas seguiram orgulhosos dos altos da Avenida Afonso Pena ao Shopping Norte Sul Plaza, onde se concentraram no estacionamento. Por lá, cada dono exibia o Fusca que para eles mais se parece com um membro da família.

 Ao longo dos anos, o carinho pelo veículo e as histórias aumentaram. Foi em um encontro de carros antigos, por exemplo, que Célida conheceu o namorado. Junto a tantas lembranças boas, para os donos de Fusca, se desfazer do veículo representa o mesmo que vender as emoções vividas. O motorista Osmar Maia, de 37 anos, exibe o modelo 1.200, da década de 1960, que está na família há 45 anos.

“Esse carro era do meu tio avô, foi do meu pai e depois que ele faleceu passou a ser meu. Quando eu era criança eu e minha família morávamos em São Paulo e vínhamos para cá apenas nas férias, temos muitas viagens nele”, lembrou. Com tantos anos de uso, é claro que o carro ganhou peças novas, mas Maia garante, que as mudanças foram apenas para deixá-lo com mais capacidade de rodar pelas estradas. “Modernizei para ele aguentar mais”, assegurou.

O professor de educação física, Eder Paes, de 29 anos, tem um Fusca azul, modelo 74, comprado pelo pai quando ele tinha apenas 8 anos. “Fusca é só para quem gosta e quem gosta não vende. Sempre digo que não é um carro velho, é um carro antigo. Temos outros veículos, mas o Fusca não vendemos”, declarou.

O amor pelo carro pode ser notado nos detalhes. Para participar da Fusqueata, alguns carros ganharam adereços como baú, colchão, estepe e até um bota com flores. Mas Eder não é o único a se exibir no evento, Luiz Paulo, de 26 anos, carrega no Fusca um adereço um pouco diferente, uma sinalização indicando que o carro é um taxi, mas isso é só charme como ele mesmo confessa. “É só para chamar atenção mesmo, é charme”, admitiu.

Como não poderia faltar em uma exibição de Fuscas, a antiga viatura da Polícia Militar que hoje fica exposta no Comando Geral da PM, também estava presente na Fusqueata. Segundo o capitão Vinicius de Souza Almeida, o carro foi utilizado até a década de 1990 e agora faz parte do museu da corporação.

Exposição – Quem também é apaixonado por carros antigos e perdeu a Fusqueata, ainda pode conferir cinco modelos que ficarão expostos do dia 21 ao dia 31 de janeiro no Pátio Central. Depois disso um outro evento, ainda sem data definida, será realizado em alusão ao Dia Mundial do Fusca, comemorado em 21 de junho.