Mesmo sob investigação da Polícia Civil, a pichação “Xarada” reapareceu no Obelisco, localizado na Avenida Afonso Pena, dias depois do mutirão realizado para fazer a manutenção do monumento histórico. De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e ao Turista (), Antônio Silvano Mota, uma linha de investigação está em andamento e a principal hipótese é que o ato seja praticado em grupo.

Conforme o delegado, não é possível fazer um levantamento de quantos pontos foram pichados com as interrogações. Além do Obelisco, a Morada dos Baís, o Paço Municipal, lojas e bancas do centro de Campo Grande também foram alvo da ação. “Não dá para se dimensionar o crime”, afirma.

O ato de pichação é enquadrado na Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98). O artigo 65 estabelece detenção de três meses a um ano de prisão e . Para os casos de monumentos tombados por seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena mínima é de seis meses.

O delegado explica que como na maioria dos casos as pichações são realizadas por adolescentes com menos de 18 anos, não há detenção. “Eles respondem por ato infracional. Em alguns casos, os prejudicados podem acionar judicialmente os responsáveis para fazer a manutenção do local”.

O Obelisco já havia sido alvo da pichação no início de janeiro, mas recebeu um mutirão para manutenção na segunda-feira (27). A iniciativa dependeu do apoio de uma loja de tintas da cidade que forneceu o material necessário para a pintura do monumento, além de mão de obra da própria população. Nesta quarta-feira (6), o local foi pichado novamente.