O diretor de cinema Woody Allen se defendeu na sexta-feira de acusações recém-publicadas de sua hoje adulta filha adotiva de que ele a molestou na infância, chamando as alegações de “ridículas” e de resultado de uma batalha amarga de custódia com sua ex-companheira e atriz Mia Farrow.

Uma cópia adiantada do texto de Allen, a ser publicado na edição de domingo do jornal New York Times, foi publicada na Internet cinco dias depois de Dylan Farrow, de 28 anos, ressuscitar e detalhar a acusação de décadas atrás em uma carta aberta no site do NYT.

Allen nunca foi preso ou processado depois que as acusações de abuso sexual vieram à tona em 1993 e foram investigadas pela polícia estadual de Connecticut, onde Mia Farrow e seus filhos viviam.

Ele disse que a princípio as acusações lhe soaram “tão ridículas que não pensei duas vezes nelas”.

Ele citou descobertas de uma análise do caso da Clínica de Abuso Sexual Infantil do Hospital Yale-New Haven, que diz ter concluído: “Em nossa opinião de especialistas, Dylan não foi abusado sexualmente pelo senhor Allen”.

Woody Allen declarou ter concordado com a conclusão da clínica de que o relato de Dylan provavelmente foi resultado de “uma criança emocionalmente vulnerável que foi presa em uma família perturbada” e “instruída ou influenciada por sua mãe”.

“Claro que não molestei Dylan”, escreveu Allen. “Eu a amava, e espero que um dia ela entenda como foi impedida de ter um pai amoroso e explorada por uma mãe mais interessada em sua própria raiva purulenta do que no bem estar de sua filha”.

Dylan Farrow manteve suas alegações em um comunicado publicado no site da ABC News na sexta-feira.

“Woody Allen tem um arsenal de advogados e agentes, mas uma coisa que não tem ao seu lado é a verdade”, declarou ela. “Não deixarei a verdade ser enterrada e não serei silenciada”.

A Reuters não conseguiu contato com representantes de Mia e Dylan para comentários.