Seguindo os passos de clubes que sofrem muito com a ação violenta das torcidas organizadas, o Vila Nova estuda medidas para conter as brigas nas arquibancadas recorrentes em seus . O presidente Joás Abrantes revelou que está conversando com as diretorias de Palmeiras e Cruzeiro, que recentemente cortaram relações com organizadas, e pode seguir o mesmo caminho com as suas.

Nos últimos anos, o Vila Nova tem experimentado uma situação delicada nas arquibancadas. Duas facções diferentes, a Torcida Esquadrão Vilanovense e a Sangue Colorado, travam uma guerra e pancadarias são recorrentes. Ou seja, torcedores do mesmo clube brigando entre si. O último episódio foi uma briga nas arquibancadas do estádio Jonas Duarte, em Anápolis, quando torcedores do Vila Nova entraram em rota de mais uma vez.

O fato tem incomodado a diretoria do Vila Nova que vê o clube como maior prejudicado na história, já que a violência está espantando os colorados dos estádios e o clube ainda depende muito do dinheiro das rendas de seus jogos como mandante. Sem conseguir muito diálogo com os representantes das duas organizadas, o presidente Joás Abrantes revelou que foi alertado para o problema e busca uma solução.

“Estou vendo o que os outros clubes estão fazendo, inclusive a Associação dos Jogadores Profissionais me passou um alerta sobre o que está acontecendo nas torcidas e tem pedido para que a gente entre em contato com eles para ver se resolve o problema. É muito difícil colocar essas duas torcidas na mesma mesa para tentar conversar”, salientou.

O dirigente revelou que se espelha nas ações do Cruzeiro e do Palmeiras que em suas gestões atuais cortaram relações com as respectivas torcidas organizadas. Joás Abrantes salientou que vai tentar um medida que não prejudique as torcidas caso elas entendam e parem de brigar, mas disse que se isso não acontecer a ruptura será mais pesada.

“Vou ver o que o Cruzeiro e Palmeiras fizeram e chamar as torcidas, mostrar e falar que não quero tomar uma medida para prejudicá-los, mas se não parar com essa situação, como foi em Anápolis, vou ter que tomar uma posição firme porque o prejudicado está sendo o Vila Nova. Em respeito até aos pais de família que são torcedores, que querem ir ao jogo, mas que não podem ir por causa dessa pouca vergonha que está acontecendo”, frisou.

O presidente revelou que o diálogo com os líderes das torcidas ficou mais complicado e que segue a conduta de não ajudar as torcidas com ingressos ou outra ajuda financeira. Joás explicou que assim que tomar as medidas que estão sendo estudadas vai comunicar os torcedores sobre como funcionará a relação entre diretoria do clube e torcidas organizadas.

“Estamos mantendo contato já, eu solicitei a documentação que foi feita inclusive com relação àquela portaria que o Cruzeiro soltou que não pode usar o símbolo e o nome do clube. Vou pedir orientação jurídica aos advogados do Vila Nova e encaminhar para a FGF. Só após essa tramitação é que vou chamar os torcedores e vou explicar para eles qual será o relacionamento entre Vila Nova e torcida organizada”, afirmou.