As imagens foram gravadas com celular e vazaram pelo aplicativo WhatsApp. Em pouco tempo, foram postadas e compartilhadas pelo facebook, revoltando amigos. Sejusp nega que policiais ou bombeiros sejam responsáveis.

Um vídeo que mostra a retirada do corpo do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, de 32 anos, de uma vala cavada na casa da adolescente de 17 anos, no bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande, vazou pelas redes sociais e causa revolta em amigos e conhecidos.

A gravação, de quase dois minutos, mostra a ação dos militares do Corpo de Bombeiros e dos policiais civis para resgatar o corpo do empresário, que foi morto com um tiro na cabeça e enterrado em uma fossa pelos bandidos.

O material está circulando pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e já foi inclusive postado no Facebook, onde tinha mais de 300 compartilhamentos em poucas horas. Pelas imagens, é perceptível que em volta do buraco havia apenas a presença das forças que faziam o resgate do corpo.

Nas redes sociais, houve reações de indignação por parte de algumas pessoas com a atitude de vazar o vídeo que expõe o corpo do empresário. O crime aconteceu há menos de dez dias, mobilizou uma multidão de membros da igreja da qual Erlon fazia parte e causou comoção em toda sociedade campo-grandense.

“Acredito que este não é uns melhores momento para a família ver isso”, disse uma das internautas, que teve o nome preservado, na página do Facebook.

A assessoria da Sejusp/MS (Secretaria de Estado de Justiça e de Mato Grosso do Sul) disse que, a Polícia Civil não tem como controlar a filmagem de curiosos na cena do crime. Por telefone foi informado que, “é de praxe que a Polícia Militar, que chega primeiro no local, isole a cena. Mas não é possível fazer o controle da ação dos curiosos nestes locais de crime, já que as equipes estão empenhadas no resgate”.

Além disso, enfatizou que, “é solicitado para que a população se afaste para sua própria segurança. Entretanto, mesmo em áreas fechadas, muitos sobem em muros, no telhado das casas e fazem as filmagens”. A polícia confirmou que geralmente filma este tipo de ação para ter o registro no momento da investigação e que este procedimento é de praxe.

Apesar de as imagens terem sido feitas a partir de um local muito próximo à vala, inclusive com registro de outros servidores também filmando o resgate em celulares, a assessoria nega que as imagens possam ter vazado de algum policial. “Eles passam por rigorosos treinamentos e respeitam as cenas. Não vazariam as imagens por parte deles”. 

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Erlon foi atraído pela quadrilha no dia 1ª de abril por meio de um anúncio da internet, onde ele havia oferecido um Golf, de cor prata. A vítima se encontrou com um dos suspeitos próximo a uma fábrica de refrigerantes, que fica na saída para São Paulo. O criminoso convenceu o empresário a ir até o bairro São Jorge da Lagoa – área sudoeste da Capital, para mostrar o carro a uma tia, que seria a nova proprietária. 
No local a vítima percebeu que se tratava de um roubo. Na casa da adolescente, ele foi morto com um tiro na cabeça. O corpo foi arrastado até o quintal e jogado em uma vala, ao lado da fossa. Por cima, foi colocado lixo. Já o carro, foi levado para uma funilaria, onde foi pintado de branco e as placas trocadas.
De acordo com a Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), os envolvidos no crime são: Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, que trabalha em uma fábrica de refrigerantes na saída para São Paulo, o pedreiro Jeferson dos Santos Souza, de 21 anos, Rafael Diogo, conhecido como “Tartaruga”, de 21 anos, empregado de uma lavanderia de hospital, e o funileiro Athaíde Pereira, de 50 anos. Além de uma adolescente de 17 anos, que teve a identificação preservada, conforme prevê o (Estatuto da Criança e do Adolescente).