Vendendo doce há 31 anos, o chamariz é o mesmo: um pedacinho de geleia para o cliente provar

Faz 31 anos que José Sebastião de Oliveira, de 65 anos, comerciante, vende doce na mesma barraquinha e cativa o cliente da mesma forma. De jeito galante e divertido, seo Oliveira elogia, oferece um pedacinho de geleia de mocotó e pronto: não tem como resistir. Do pedacinho da geleia, ele passa para um tiquinho de […]

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Faz 31 anos que José Sebastião de Oliveira, de 65 anos, comerciante, vende doce na mesma barraquinha e cativa o cliente da mesma forma. De jeito galante e divertido, seo Oliveira elogia, oferece um pedacinho de geleia de mocotó e pronto: não tem como resistir.

Do pedacinho da geleia, ele passa para um tiquinho de doce de leite e depois quebra-queixo, se o cliente, ainda der conta de provar mais sabores. Os três doces são os mais vendidos na banca e desde sempre usados para chamar o freguês. “Toda vida eu ofereço um pedacinho. A pessoa prova e não resiste”, revela o comerciante.

A tática, que ele julga infalível, realmente, conquista o freguês. Cliente há cerca de 30 anos, o aposentado Pedro Barcellos do Valle, de 68 anos, conta que conheceu o Box do Oliveira assim, foi pego na mostra do doce e desde então não compra em outro lugar. “Moro em Bela Vista, mas venho muito para cá. Quando chego já passo aqui no Mercadão pera levar o quebra-queixo para casa”, conta.

Para Barcellos, doce igual não tem. “Isso aqui é cada dia mais gostoso, não tem outro igual”, conta, ao levar ½ quilo pra casa.

Da rua para o mercadão

Seo Oliveira conta que antes de ir para o Mercadão Municipal vendia doce de casa em casa, até que conseguir juntar dinheiro para comprar o espaço. “Vendi muito doce na rua até chegar aqui. Eu batia de casa em casa e oferecia os produtos”, conta.

Depois de 15 a anos trabalhando fora e na rua, ele conseguiu comprar o espaço em que trabalha até hoje. Da época diz não sentir saudades, pois a vida era bem mais difícil. “Na rua é bem mais difícil trabalhar”, diz.

Hoje, a dificuldade, é só manter a qualidade e o sabor dos produtos. “Hoje é mais difícil achar bons fornecedores, mas com a associação temos alguns fixos, por isso não falta”, conta.

Sobre valores, ele não fala, diz que não conta preço de jeito nenhum. E quando perguntamos se o valor varia conforme a simpatia do freguês ri, e nos oferta um pote de doce de leite.

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