Pode ser débito ou crédito, não importa, as frutas vendidas nos caminhões pela cidade também entraram na onda da tecnologia.

Há mais de dez anos trabalhando vendendo frutas em Campo Grande, e há pelo menos seis na rua Pedro Celestino quase esquina com a Avenida Fernando Correa da Costa, Ivan Lima, de 38 anos, conta que não teve jeito, precisou aceitar que o cartão é importante e responsável por boa parte das vendas.

Ele conta que cerca de 25% a 30% de tudo que vende, a forma de pagamento escolhida pelos clientes é o cartão. “O cartão chegou devido a uma necessidade. De tanto o pessoal pedir, tive que colocar”, relata o comerciante.

Ele atribui o sucesso do cartão ao medo e à insegurança que as pessoas sentem. “Muita gente abandonou o cheque e também o dinheiro em espécie. Por isso, o cartão é a melhor saída. Já nem sei quantos cheques sem fundos recebi na vida. Meu pai uma vez jogou fora 200 lâminas”, revela, contando que o pai também é comerciante.

O vendedor de frutas lembra que há alguns anos nem imaginava vender um cacho de banana, ou uma dúzia de laranjas no cartão, já que o valor é baixo, mas aos poucos foi vendo que vale a pena o investimento. “O débito cobra cerca de 2,5% e o crédito 3,5% do valor da venda. Ainda tem o aluguel da máquina que sai uns R$ 90. E mesmo com esses custo vale o investimento”, diz.

Mas o segredo do sucesso do negócio conta, não é vender com cartão ou com dinheiro, mas sim ter frutas fresquinhas todos os dias. “Quem procura a frutaria e não o supermercado busca qualidade. Aqui seleciono tudo, a fruta é fresquinha, cheirosa. Porque antes de a pessoa ver e sentir a fruta tem que achar bonita. É a beleza quem manda”, diz sobre a olhadela que faz os motoristas pararem.

O caminhão do Ivan fica todos os dias na Rua Pedro Celestino quase esquina com a Avenida Fernando Correa da Costa. Ele abre as 8h e fecha às 19h.