Valcke critica atraso de estádios da Copa: “não podemos treinar”

O grande problema da Copa do Mundo de 2014 no Brasil é que os estádios “serão entregues perto demais do início da primeira partida”, disse Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, neste domingo à emissora de rádio France Bleu. “A grande dificuldade é que não temos um período de testes. Nós (da Fifa) não podemos treinar”, […]

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O grande problema da Copa do Mundo de 2014 no Brasil é que os estádios “serão entregues perto demais do início da primeira partida”, disse Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, neste domingo à emissora de rádio France Bleu.

“A grande dificuldade é que não temos um período de testes. Nós (da Fifa) não podemos treinar”, explicou o número 2 da entidade. “Os estádios serão entregues perto demais do início da primeira partida”, completou.

“Nos deparamos com uma infraestrutura que não está perfeitamente no ponto, quando sabemos que isso é fundamental para garantir um melhor fluxo de pessoas dos aeroportos às cidades, das cidades aos estádios, etc.”, explicou Valcke.

Apesar de tudo, Valcke não se mostrou pessimista, afirmando que “há um conjunto de coisas que farão com que este Mundial discorra maravilhosamente bem”, já que o Brasil é “a Meca do futebol, é um Mundial único”.

“Haverá com certeza problemas já que é um país do tamanho de um continente”, afirmou o secretário-geral da Fifa, antes de dizer: “não sabemos como será a reação das ruas”, referindo-se aos protestos e manifestações que sacudiram o Brasil durante a Copa das Confederações, em junho do ano passado.

“Não será um Mundial fácil de organizar. Não há Mundiais fáceis de organizar, como disse Blatter (presidente da Fifa), que não se equivocou quando disse que algumas coisas poderiam ter sido feitas com antecedência. Não podemos dizer que esta é uma crítica vazia e sem sentido”, explicou Valcke.

Blatter havia declarado na semana passada ao jornal suíço 24 horas que “o Brasil acabou de se dar conta que começou tarde demais. É o país com mais atrasos (na organização da Copa do Mundo) desde que estou na Fifa e foi o que teve mais tempo, sete anos, para se preparar”.

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