Um em três casos de Alzheimer pode ser evitado, diz estudo
Um em três casos de Alzheimer do mundo todo pode ser evitado segundo um novo estudo da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha. Em um artigo publicado na revista especializada The Lancet Neurology, a equipe de cientistas britânicos revelou que analisou dados baseados em levantamentos de população para descobrir os sete principais fatores de risco para […]
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Um em três casos de Alzheimer do mundo todo pode ser evitado segundo um novo estudo da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha.
Em um artigo publicado na revista especializada The Lancet Neurology, a equipe de cientistas britânicos revelou que analisou dados baseados em levantamentos de população para descobrir os sete principais fatores de risco para desenvolver a doença.
E estes fatores são: diabetes, hipertensão na meia-idade, obesidade na meia-idade, sedentarismo, depressão, fumo e baixo nível de instrução. Segundo os cientistas, um terço dos casos de Alzheimer podem estar conectados o a fatores ligados ao estilo de vida dos pacientes, que podem ser modificados, como a falta de exercício e o tabagismo.
Os pesquisadores então analisaram como a redução destes fatores poderia afetar o número dos casos da doença no futuro. Com esta análise eles descobriram que, ao reduzir cada fator de risco em 10%, quase nove milhões de casos da doença poderiam ser evitados até 2050.
As atuais estimativas sugerem que mais de 106 milhões de pessoas no mundo todo viverão com Alzheimer em 2050, mais de três vezes o número de pessoas afetadas em 2010.
Idosos mais saudáveis
Uma pesquisa anterior, de 2011, colocou a estimativa de prevenção em um a cada dois casos da doença que poderiam ser evitados, mas o novo estudo britânico levou em conta a justaposição de fatores de risco.
“Apesar de não haver uma única forma de tratar a demência, nós poderemos tomar medidas para reduzir o risco de desenvolvermos demência durante a velhice”, disse a professora Carol Brayne, do Instituto de Saúde Pública da Universidade de Cambridge.
“Sabemos o que muitos destes fatores são e frequentemente eles estão ligados. Simplesmente enfrentar a inatividade física, por exemplo, vai reduzir os níveis de obesidade, hipertensão e diabetes e evitar que algumas pessoas desenvolvam demência”, acrescentou.
Simon Ridley, chefe de pesquisas na organização de caridade britânica voltada para a pesquisa do Alzheimer, a Alzheimer Research UK, afirmou que ainda é preciso descobrir muito sobre a doença. “Enquanto que a idade é o maior fator de risco para a maioria dos casos de Alzheimer, há vários fatores de estilo de vida e saúde em geral que podem aumentar ou diminuir as chances de uma pessoa desenvolver a doença”, disse.
“No entanto, nós ainda não entendemos completamente os mecanismos que relacionam estes fatores com o início do Alzheimer”, acrescentou.
“E, como ainda não há uma maneira de evitar o Alzheimer, a pesquisa precisa continuar para conseguir as provas mais decisivas sobre os fatores de saúde e ambientais e ajudar as pessoas a reduzirem o risco.”
Entre os sete fatores de risco, a maior proporção de casos de Alzheimer nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e no resto da Europa pode ser atribuída à inatividade física. Segundo o estudo, um terço da população adulta destes países não pratica atividades físicas.
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