Transportes param em 4 capitais do País a duas semanas da Copa

As capitais Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis e São Luís voltaram a ter nesta quarta-feira greves de transporte em reivindicação de melhores salários, faltando apenas duas semanas para a Copa do Mundo. Em todos os casos, as paralisações foram convocadas por motoristas de ônibus que se rebelaram contra seus próprios sindicatos e rejeitaram acordos salariais […]

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As capitais Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis e São Luís voltaram a ter nesta quarta-feira greves de transporte em reivindicação de melhores salários, faltando apenas duas semanas para a Copa do Mundo.

Em todos os casos, as paralisações foram convocadas por motoristas de ônibus que se rebelaram contra seus próprios sindicatos e rejeitaram acordos salariais firmados pelas organizações com as empresas, pois consideram que os aumentos pactuados são inferiores aos reivindicados nas negociações.

No Rio, sede da final do Mundial em 13 de julho, a greve, que vai até a meia-noite desta quinta-feira é parcial e não conta com a adesão de todos os trabalhadores.

Em Salvador, outra cidade-sede, a paralisação foi intensa durante três dias e, segundo cálculos oficiais, cerca de 70% da frota não saíram às ruas, cumprindo uma determinação judicial que obriga a garantir pelo menos 30% do serviço.

Os poucos ônibus que circulavam na cidade eram escoltados por patrulhas da polícia, que tentavam impedir que, como em outras jornadas de greves, os veículos fossem apedrejados por trabalhadores que apoiam o protesto.

No início da tarde, no entanto, uma assembleia deu fim à paralisação.

Em Florianópolis (SC), as autoridades informaram que a greve tinha forte adesão, o que se tentava minimizar com a incorporação ao serviço de transporte público de cerca de 200 caminhonetes da prefeitura.

São Luís (MA), sofria seu segundo dia de greve de transporte e a paralisação teve durante a manhã de hoje um apoio de praticamente 100% dos motoristas.

As greves de transporte se proliferaram nas últimas semanas e as autoridades as atribuem a uma tentativa dos trabalhadores de aproveitar a “visibilidade” que o Mundial garante a suas reivindicações salariais.

A onda de greves promete se manter nos próximos dias, para quando já foram anunciadas paralisações, entre outros sindicatos, o que inclui os operários do Metrô de São Paulo, onde o protesto foi anunciada para 5 de junho, dez antes da inauguração do Mundial.

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