Um experimento conduzido por pesquisadores da Mount Sinai School of Medicine, nos Estados Unidos, sugere que a terapia genética pode vir a ser uma grande aliada da cardiologia na regeneração do coração de vítimas de um ataque cardíaco.

A descoberta é destaque no periódico Science Translational na quarta-feira (19).

O estudo explica que um ataque cardíaco geralmente acarreta na formação de cicatrizes no coração para que este se recupere após o mal.

Assim, o foco do estudo foi em um gene chamado CCNA2, que orienta a célula a se dividir e multiplicar, ajudando na recuperação de órgãos.

Porém, havia problema que era enfrentado há tempos por pesquisadores: genes do tipo do CCNA2 tornam-se dormentes após o nascimento, tanto em animais quanto em humanos. Contudo, quando aplicado em terapia genética, o gene “acorda” e auxilia na recuperação do coração.

Para tentar aproximar a descoberta ao máximo de humanos, os pesquisadores usaram porcos como cobaias (anatomicamente, porcos possuem corações similares aos humanos) e injetaram o gene em seus corações logo após a ocorrência de um infarto nos animais.

Dessa forma, a terapia mostrou-se eficiente não só na regeneração dos tecidos cardíacos danificados como também produzindo novas células musculares nas áreas afetadas pelo ataque, otimizando, ainda, a função bombeadora do coração.

Anteriormente, experimentos semelhantes já haviam sido realizados com ratos e camundongos, também registrando sucesso na aplicação do CCNA2 em terapias genéticas.

Segundo os autores do estudo, a descoberta sugere que a técnica, se um dia aplicada a humanos, poderá auxiliar em suas recuperações após um infarto.