O técnico de Camarões, Volker Finke, disse ser impossível qualquer tipo de manipulação de resultado na partida contra o Brasil, nesta segunda-feira, no Estádio Mané Garrincha, pela Copa do Mundo. O time camaronês está eliminado e criou-se uma polêmica em cima do duelo desde que o responsável pela segurança da Fifa, Ralf Mutschke, disse que monitorava a partida por conta de possível manipulação de resultados.

“Isso é um rumor. Não ouvi falar. Primeira vez que eu ouvi. Não tive tempo de ler jornal, mas é a primeira vez. Conheço um pouco a minha equipe e seria impossível. Não precisamos ter esse tipo de suspeita. Não há isso na minha equipe”, afirmou.

Após a grande repercussão da entrevista de Mutscke, a porta-voz da entidade, Delia Fisher, negou a suspeita. “A Fifa não tem indicação concreta de que Brasil x Camarões esteja sob suspeita de manipulação de resultados. Todos os 64 jogos estão sendo monitorados. O que Ralf disse é não há ameaça real ou maior que qualquer outro jogo”, afirmou.

Porém, o assunto tem dominado as discussões nos últimos dias e provocou irritação de Volker Finke pela repetição da pergunta. “Não é o meu campo de ação e amo o futebol em campo. Vou passar longe de questões como essa”, disse, tentando encerrar a conversa.

A declaração do chefe de segurança da Fifa também provocou desconforto na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apesar de o Brasil em teoria nada ter a ver com a história. A Seleção nacional precisa de ao menos um empate para avançar de fase e as suspeitas levantadas caíriam sobre os camaroneses, que poderiam forçar uma derrota.

Camarões perdeu suas duas partidas na Copa do Mundo, a última por 4 a 0 diante da Croácia. México e Croácia se enfrentam também nesta segunda-feira, no mesmo horário de Brasil x Camarões: 17h (de Brasília).