Supermercado de Campo Grande reembalava e vendia produtos vencidos e estragados, diz MP

O supermercado Maxxi Atacadista, que é da Walmart Brasil, localizado na avenida Ernesto Geisel, no Jardim Jacy, em Campo Grande, vendia produtos deteriorados, adulterados, corrompidos e com prazo de validade vencido, expondo a saúde e a vida da coletividade de consumidores a perigo. A descoberta foi fruto de investigação sigilosa da Promotoria de Justiça do […]

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O supermercado Maxxi Atacadista, que é da Walmart Brasil, localizado na avenida Ernesto Geisel, no Jardim Jacy, em Campo Grande, vendia produtos deteriorados, adulterados, corrompidos e com prazo de validade vencido, expondo a saúde e a vida da coletividade de consumidores a perigo.

A descoberta foi fruto de investigação sigilosa da Promotoria de Justiça do Consumidor, comandada por Antonio André David Medeiros, após investigação que durou um ano. Nesta quarta-feira (28), a Justiça e órgãos de fiscalização como o Procon e a Vigilância Sanitária realizaram “batida” no local e apreenderam diversos produtos impróprios para consumo.

Conforme apurado na investigação, o estabelecimento reembalava produtos que venciam e colocavam nova data de validade. “Foram encontrados produtos que estavam há mais de três meses vencidos”, conta o promotor. Produtos podres, mofados, com fungos também foram apreendidos e foi constatada a presença de ratos, pombos e muita sujeira.

O promotor alertou que há denúncias de casos semelhantes em outros supermercados de Campo Grande e que deve ser feita fiscalização “mais sistemática” em todos os estabelecimentos.

Ação

A Promotoria entrou com ação civil publica contra o Maxxi e teve todas as liminares deferidas. O supermercado terá que pagar multa de R$ 100 mil por cada infração das normas da Vigilância Sanitária e do Procon. É cobrada também a manutenção do estabelecimento em estado de limpeza adequado sem sujeira ou presença de animais, também sob a mesma pena.

Além disso, os produtos devem ser mantidos em refrigeração em temperatura adequada, sob pena de multa de R$ 50 mil por produto irregular. Os órgãos fiscalizadores Procon e Vigilância Sanitária farão vistoria mensal no local. O promotor pede, por fim, multa de R$ 1 milhão por danos morais coletivos por todos os consumidores que correram riscos de saúde.

Resposta

A assessoria do supermercado respondeu ao ocorrido em nota. Confira abaixo, na íntegra.

“O Maxxi Atacado possui procedimentos internos rigorosos para assegurar a excelência dos serviços e produtos oferecidos aos seus clientes. Ressaltamos que este episódio consiste num fato isolado, alheio à rotina operacional da loja, e que a empresa já abriu uma sindicância interna para esclarecer o caso e tomar as providências necessárias”.

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