A Polícia Civil de São Paulo descartou as chances de identificar, por meio do depoimento de um provável familiar, a vítima de um esquartejamento ocorrido no último final de semana na cidade.

De acordo com o delegado da Divisão de Homicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, Itagiba Franco, a testemunha que depôs hoje à tarde relatou o desaparecimento do filho, um jovem de 23 anos, na Baixada Santista. A idade presumida pela Polícia à vítima de esquartejamento é algo entre 30 e 40 anos.

O delegado ainda cogitou a possibilidade de mais de uma autoria para o crime. “O homem, ou os homens, que fizeram isso, tiveram a máxima cautela em tirar qualquer evidência do corpo”, disse. Um dos obstáculos para a polícia é o fato de as pontas dos dedos da vítima terem sido retiradas, o que dificulta a identificação por impressão digital.

Franco não quis entrar em detalhes, mas afirmou que a região do Brás, no centro de São Paulo, teria sido um foco de denúncia a respeito do qual a polícia deveria investigar. “Para nós, a cabeça da vítima ter sido achada na Sé é uma evidência (dessa denúncia), já que ela é uma região mais próxima do Brás do que Higienópolis”, afirmou, referindo-se ao bairro de classe média alta onde pernas, braços e tronco foram encontrados em sacos plásticos domingo passado.

A cabeça de um homem foi localizada hoje às 12h15 nas laterais da Praça da Sé. Somente a análise da Polícia Técnico-Científica é que definirá se ela pertence ao mesmo corpo dos membros encontrados domingo, tese que, para a polícia, é a mais provável.