Soldado iraquiano se finge de morto e sobrevive à execução do Estado Islâmico

Um soldado iraquiano sobreviveu a uma execução em massa realizada por jihadistas do EI (Estado Islâmico), após se jogar no chão e se fingir de morto. Segundo a organização internacional HRW (Human Rights Watch), o grupo extremista, já matou até 770 homens em execuções em massa em cinco locais de Tikrit, uma cidade no Norte do […]

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Um soldado iraquiano sobreviveu a uma execução em massa realizada por jihadistas do EI (Estado Islâmico), após se jogar no chão e se fingir de morto. Segundo a organização internacional HRW (Human Rights Watch), o grupo extremista, já matou até 770 homens em execuções em massa em cinco locais de Tikrit, uma cidade no Norte do Iraque que foi tomada pelos insurgentes em junho.

Ali, um soldado de 23 anos, foi capturado em 12 de junho com milhares de outros homens, quando tentava fugir pela estrada principal de uma base militar. O jovem contou que ficou preso em um contêiner no palácio na cidade, antes de ser levado com outros dez homens para um local, onde eles ficaram enfileirados para serem mortos por pistolas, um após o outro.

O soldado disse que caiu no chão e se fingiu, sem ser atingido pelos tiros. Depois disso, ele esperou por horas, antes de fugir na escuridão. Um porta-voz da HRW ressaltou que ele se escondeu por dias antes de entrar em contato com o grupo. No momento, ele está seguro fora das áreas ocupadas pelos jihadistas.

Na época da execução em massa que poderia ter matado Ali, a HRW identificou duas trincheiras perto de palácio da cidade, onde entre 160 e 190 homens foram massacrados. A organização internacionais já identificou três novos locais que teriam sido usados para a realização de execuções em massa.

Um deles é uma laje de concreto no complexo do palácio presidencial de Tikrit. Imagens de vídeo e de satélite indicam que entre 250 e 400 homens foram mortos em 12 ou 13 de junho. Apesar de não mostrarem sinais de corpos mortos, manchas de sangue eram visíveis, assim como rastros de pneus em um campo vizinho.

O diretor emergências da HRW, Peter Bouckaert, disse que a “barbárie” dos extremistas do EI “viola a lei e ofende a consciência”.

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