Sindicato dos músicos quer discutir questões polêmicas da categoria

No último domingo (9), em um evento que contou com churrasco e música ao vivo na Loja Maçônica XV de Novembro, foi fundado o Simatec (Sindicato dos Músicos, Autores e Técnicos de Mato Grosso do Sul). As principais causas onde o sindicato irá agir será na discussão da Lei do silêncio, entrar em um acordo […]

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No último domingo (9), em um evento que contou com churrasco e música ao vivo na Loja Maçônica XV de Novembro, foi fundado o Simatec (Sindicato dos Músicos, Autores e Técnicos de Mato Grosso do Sul). As principais causas onde o sindicato irá agir será na discussão da Lei do silêncio, entrar em um acordo com os donos de bar sobre os cachês pagos para quem toca na noite, a valorização do cachê para músicos regionais em relação ao dinheiro público e um trabalho de informar os músicos do estado sobre os seus direitos.

Para Jerry Espíndola, o churrasco no domingo foi satisfatório pois além da assembleia de fundação ter sido realizada, 120 filiação foram feitas durante o evento. Além disso, foi passada para os presentes a importância dos músicos se filiarem pois é algo inédito no estado. Jerry ainda lembrou que o sindicato dos músicos já existe e é forte em outros estados brasileiros.

O Simatec em seu primeiro ano de atividades será comandado por uma comissão gestora composta por 12 membros e terá como principal ação fazer a filiação do maior número de músicos possíveis para que no próximo ano seja feita a primeira eleição de diretoria do sindicato dos músicos.

Lei do silêncio

Jerry Espíndola, um dos membros da comissão gestora do Simatec, disse que o sindicato irá agir de maneira efusiva na discussão sobre a Lei do silêncio. Para o músico, esse assunto já está incomodando porque estão jogando música ao vivo dentro do balaio do barulho.

“Temos vizinhos intolerantes na Orla Morena que reclamam de ter música ao vivo no domingo à tarde, daqui a pouco os moradores do prédio ao lado do Parque das Nações vão reclamar do MS Canta Brasil. Vamos bater pesado nesta questão para lutar pelos nossos direitos de ter cultura na cidade, fazer show em praças, parques e em outros locais públicos”, afirma Jerry.

Ele ainda diz que “ninguém está falando que a pessoa tem que aguentar um show de heavy metal sendo realizado às 23h30 em pleno domingo ao lado da sua casa”, mas que o bom senso deve predominar para que ninguém seja prejudicado.

Valor dos cachês

Outro ponto que o Simatec pretende abordar é o valor dos cachês que estão sendo pagos para os músicos do estado, não só nos bares da cidades, mas também em grandes eventos com o MS Canta Brasil. No que se diz respeito aos bares que oferecem música ao vivo, o sindicato alega que as casas cobram o couvert mas esse dinheiro não é repassado integralmente para os músicos. A ideia é conversar com os empresários, mostrar que os cachês que estão sendo pagos estão super defasados e tentar fazer um acordo com cada bar para que os cachês subam.

Já a reclamação em relação ao que está sendo pago para artistas regionais em eventos como o MS Canta Brasil, se deve pela grande diferença do cachê que é paga para os artistas nacionais que vem tocar no evento. Para Jerry, o sindicato deve ter força política para conversar com os governantes sobre a valorização da música e de artistas sul-mato-grossenses.

Informação

Outro trabalho que o sindicato pretende fazer é combater a desinformação da grande maioria dos músicos em relação à leis trabalhistas, previdência social e sobre assuntos que estão diretamente ligados à eles, como por exemplo o ECAD, que segundo Jerry muita gente não sabe como funciona.

“Pretendemos investir em informação para os nossos músicos. Iremos realizar seminários e reuniões para tirar a dúvida de muita gente sobre os mais variados assuntos relacionados ao nosso meio”, revela Espíndola.

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