O Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio de Janeiro (Simarj) decretou greve a partir da meia-noite desta quinta-feira (12) nos aeroportos Santos Dumont, Galeão/Antônio Carlos Jobim e de Jacarepaguá. Porém, a possibilidade de paralisação dos trabalhadores de terra é considerada remota, tanto pelo Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) quanto pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) e pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac).

A tesoureira do SNA, Selma Balbino, disse que já foi fechado acordo coletivo com a categoria em praticamente todos os maiores aeroportos do país, no último dia 4. “Eu tenho absoluta certeza de que não haverá greve alguma. Os trabalhadores estão dizendo que não vão fazer greve. Eles dizem que não sabiam que o sindicato nacional e os demais sindicatos já tinham fechado acordo. Agora não tem sentido fazer greve”, disse Selma, que ocupou a presidência do SNA nos últimos anos.

O presidente da Fentac, Sérgio Dias, também considerou remota a possibilidade de paralisação nos aeroportos do Rio. “Não sei se a greve vai acontecer, se eles estão mobilizados para isso. Nenhum sindicato filiado à Fentac está convocando greve. Nossos sindicatos estão tranquilos. Acabamos de assinar um acordo com avanços, tanto na cesta básica quanto na extensão da licença-maternidade”, avaliou.

O porta-voz do Snea, Odilon Junqueira, disse não acreditar que a paralisação vá ocorrer. “O Snea já fechou acordo com todos os sindicatos de aeronautas e aeroviários de todo o Brasil, exceto esse Simarj. Se me perguntar, não sei direito o que eles estão reivindicando”, disse.

Segundo ele, o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), em decisão tomada hoje sobre uma ação do Sindicato das Empresas de Táxi Aéreo, considerou a greve abusiva. Em outra ação, do Sindicato das Empresas Auxiliares do Transporte Aéreo, o tribunal determinou que 80% da categoria trabalhe. “Não há nenhum ânimo dentro das empresas aéreas para greve”, acrescentou.

Caso haja paralisação no Rio, Junqueira disse que há um plano de contingência das empresas, que poderão utilizar outros aeroportos nos estados próximos e até mesmo remanejar funcionários de outras praças para o Rio de Janeiro.

A diretoria do Simarj não foi localizada para comentar a convocação da greve. As informações sobre a paralisação estão na página do sindicato na internet.