O setor sucroenergético cresceu 50% nos últimos anos no Brasil enquanto que no Centro-Oeste a evolução foi de 185%. O bom desempenho do segmento gera empregos sem competir com a pecuária e demais culturas da região e agrega para o desenvolvimento econômico e social. Os dados foram apresentados pelo presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de MS (Biosul), Roberto Hollanda, durante lançamento do 2° Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central – Canacentro, realizado na manhã desta quinta-feira (27), na Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul).

O evento, que ocorre entre os dias 19 e 21 de março, em Campo Grande, tem o objetivo de promover conhecimento, estreitar relacionamento e organizar o setor sucroenergértico na região Centro-Oeste do Brasil. Participaram da solenidade a diretoria da Federação, a secretária de Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa, o presidente da Comissão de Bioenergia do Sistema Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes, e o diretor Corporativo da Federação das Indústrias de MS (Fiems), Jaime Verruck.

Com palestras, expositores e debates, o evento tem como tema principal as visões de futuro para o setor. O presidente da Famasul, Eduardo Riedel destacou a relevância de discussões sólidas e estudos elaborados, como o congresso para o desenvolvido não só do setor sucroenergético, mas do agronegócio. “O Canacentro é um evento calcado na ciência. Sem bases sólidas estamos fadados ao fracasso. Se ficarmos presos sobre conceitos ideológicos apenas perderemos grandes oportunidades e este evento proporciona a chance de debater e conhecer de maneira efetiva o setor”, pontuou.

Hollanda apresentou ainda detalhes sobre o panorama da produção sucroenergética no Centro-Oeste. “Atravessamos um momento delicado. Até 2020 o Brasil precisa de mais 90 unidades de usinas e a região, e Mato Grosso do Sul oferece condições ideais para novas instalações, mas ainda faltam investimentos “, declarou o presidente da Biosul.

A secretária de Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa, disse que após dois anos sem procura por parte de empresários, a Secretaria está sendo procurada por indústrias sucroenergéticas sondando a possibilidade de instalação no Estado. “Em sete anos, passamos de 11 para 24 indústrias com produção expressiva no Estado. “O setor se instalou, o desenvolvimento aconteceu e mesmo o momento sendo delicado, há luz no fim do túnel, com usinas apresentando propostas de ampliação. O Canacentro apresenta novas possibilidades e ajuda a pensar e planejar e futuro desse importante segmento”, avaliou a secretária.

O presidente da Comissão de Bioenergia da Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes, relatou foi feito convite aos candidatos à presidência da República, para que participem do evento e conheçam as principais demandas e a relevância do setor. “Convidamos os presidenciáveis para que façam suas contribuições, conheçam as necessidades e perspectivas do segmento”, disse Novaes.