O pouco tempo para treinar a equipe antes dos primeiros amistosos em sua volta à seleção brasileira deve levar o técnico Dunga a manter nos jogos contra Colômbia e Equador, em setembro, a base do time que disputou a Copa do Mundo, apesar da campanha fracassada do Brasil no Mundial em casa.

Dunga, que vai reestrear como treinador do Brasil nos jogos contra os adversários sul-americano nos Estados Unidos em 5 e 9 de setembro, afirmou nesta quinta-feira que, com pouco tempo de trabalho, não é possível se fazer muitos testes ou mudanças.

“Com dois dias de treino não dá para fazer milagre ou revolucionar tudo. Temos que manter uma base”, afirmou o treinador a repórteres em entrevista na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. “Temos que mostrar dedicação e ser competitivos”, acrescentou.

Dunga assumiu a seleção no mês passado no lugar de Luiz Felipe Scolari depois da Copa do Mundo, em que o Brasil terminou em quarto lugar após ser goleado por 7 x 1 pela Alemanha na semifinal e por 3 x 0 pela Holanda na disputa de terceiro lugar.

O treinador, que comandou a seleção brasileira pela primeira vez entre 2006 e 2010, chamou 10 jogadores que estiveram na Copa de 2014 em sua convocação para os amistosos, incluindo os titulares David Luiz, Luiz Gustavo, Hulk, Oscar e Neymar.

O técnico da seleção afirmou ainda na entrevista na CBF que os amistosos contra Colômbia e Equador serão um bom teste para futuras decisões no trabalho que tem como foco a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

O esquema tático, que pode ser sem um centroavante de referência, vai ser moldado com o passar do tempo, segundo Dunga.

“Acho que serão bons testes e difíceis com times sul-americanos contra quem quase sempre temos dificuldade nas eliminatórias. Serão bons testes para tomar algumas decisões“, disse. “A forma de jogar vai depender também de como os jogadores vão se apresentar”.