Sem multas: pedestres preferem “cortar caminho” e não usam faixas de segurança

A faixa de pedestres é uma ferramenta essencial para garantir a segurança da população, contudo, ela nem sempre é utilizada, talvez pela falta de imposição de penalidades. A equipe de reportagem do Midiamax ficou por cerca de 20 minutos no centro de Campo Grande e registrou, com muita facilidade, diversos flagras de pessoas atravessando fora da […]

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A faixa de pedestres é uma ferramenta essencial para garantir a segurança da população, contudo, ela nem sempre é utilizada, talvez pela falta de imposição de penalidades. A equipe de reportagem do Midiamax ficou por cerca de 20 minutos no centro de Campo Grande e registrou, com muita facilidade, diversos flagras de pessoas atravessando fora da faixa.

De acordo com o artigo 254 do Código Brasileiro de Trânsito, o pedestre pode ser multado em R$ 26,60, porém, na prática, isso não ocorre, pois depende de uma regulamentação nacional.

Para a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), enquanto a regulamentação não chega, o melhor caminho é conscientizar as pessoas. “Como a multa ainda não foi colocada em prática, nós sempre estamos fazendo campanhas educativas para orientar os pedestres”, informa o chefe de operações de trânsito da Agetran, José Alves de Arruda.

Arruda diz que, na medida em que as pessoas forem encontrando dificuldades para atravessar as ruas, em virtude do crescimento do fluxo de carros, esse conceito vai mudar. “As dificuldades que encontramos para cruzar uma via acabam nos levando às faixas de segurança”.

Para o conferente Junior Ferreira, de 34 anos, atravessar fora da faixa virou hábito. “Eu só uso a faixa às vezes. Quase sempre corto caminho devido à falta de tempo”, justifica.

A autônoma Daniela Sales, de 36 anos, também diz que não costuma usar as faixas. “Virou hábito mesmo. Talvez se me multassem, eu começaria a usá-las”, ressalta.

Por sua vez, a funcionária pública Sueli Moraes, de 54 anos, afirma que nunca atravessou fora da faixa. “Não quero perder minha razão. Imagina se um carro me atinge e eu perco uma perna ou um braço, não terei a quem recorrer”, frisa.

Já o motorista Robson da Silva, de 55 anos, afirma que, assim como os motoristas são penalizados, os pedestres deveriam respeitar as regras. “Nós dirigimos com o maior cuidado, mas tem muito pedestre que não respeita as leis. Se acontece um acidente, a culpa é toda nossa”, esbraveja.

Foto:Luiz Alberto

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