Sem material e sem uniforme, estudantes do município podem começar aulas sem carteiras

Pais e funcionários de escolas municipais reclamam da falta de carteiras para os alunos da rede Municipal de Ensino de Campo Grande. O problema ocorre na véspera do início do ano letivo, nesta quarta-feira (5). De acordo com os responsáveis, anualmente é feito um pedido para reposição de mesas e cadeiras e neste ano o […]

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Pais e funcionários de escolas municipais reclamam da falta de carteiras para os alunos da rede Municipal de Ensino de Campo Grande. O problema ocorre na véspera do início do ano letivo, nesta quarta-feira (5). De acordo com os responsáveis, anualmente é feito um pedido para reposição de mesas e cadeiras e neste ano o pedido ainda não foi atendido pela secretária Municipal de Educação (Semed).

Um dos pais, que preferiu não ter o nome revelado, afirma que foi comunicado por um funcionário do colégio, que no final de cada ano a administração da escola faz uma contagem para verificar o número de carteiras que está danifica ou faltando. “Eles falaram que todo ano solicitam de 40 a 50 carteiras”, afirma.

O procedimento foi repetido em dezembro do ano passado e um comunicado interno foi enviado à secretaria sobre a necessidade do material. “O que eles no falaram é que as carteiras solicitadas costumavam ser entregues no meio de janeiro e este ano ainda não chegaram”, revela.

Alguns pais afirmaram não se impressionar com a situação e que não foram formalmente avisados sobre o problema. “Eu não duvido nada que esteja faltando mesmo”, afirmou a mãe de uma menina que estuda em um dos colégios onde problema foi identificado e preferiu não ser identificada.
A administração de uma das escolas não admitiu que o problema fosse grave. Porém, afirmaram que somente saberão da necessidade de pedir novas carteiras com a chegada dos alunos nesta quarta-feira, pois ainda estão recebendo matrículas. Conforme a equipe, o procedimento de solicitação de certeiras depois do início das aulas é de praxe.

À assessoria de imprensa da prefeitura a direção informou que a acusação não procede, pois não tem como saber da falta de carteiras antes do início das aulas e que os pais dos alunos não tem acesso ao local para saber disto.

Sem kits e uniformes

As aulas da Reme também iniciam sem a entrega dos kits escolares e de uniformes aos alunos da capital. No dia 27 de janeiro, três lotes de kits escolares foram apresentando e homologados na Central de Compras da prefeitura de Campo Grande e o representante da empresa Brink Mobil Equipamentos Educacionais Ltda, vencedora da licitação, Ciriaco Pereira Freire Júnior declarou que tem trinta dias a partir da nota de empenho para fazer a entrega.

Já a compra de uniformes não foi sinalizada pela Prefeitura de Campo Grande. Até esta terça-feira, nada foi divulgado no Diário Oficial do município. Na semana passada a prefeitura não dize que tipo de licitação faria para contratar a empresa que vai fornecer os uniformes escolares deste ano.

Déficit de professores

De acordo com o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais de Educação Pública (ACP), os alunos da Semed também iniciam o ano de 2014 com um déficit de mais de mil professores. Conforme o presidente da entidade, Geraldo Gonçalves, há vagas para profissionais de para lecionar aulas de Língua Portuguesa, Matemática, História, Artes e para séries iniciais, porém estes não foram contratados pela prefeitura.

O presidente afirma que o estatuto da entidade prevê que 50% das 20 horas trabalhadas pelos professores sejam dedicadas ao planejamento. “No dia 13, o secretário de Educação publicou portaria mudando para 60% as horas na sala de aula”, afirma. Somente isto, já demanda a realização de um concurso para 278 profissionais. Além disto, ele alega que os Centros de Educação Infantil passaram a ser administrados pela Semed e estão sem profissionais para selecionar Educação Física.

(Alterado às 17:15 pra acréscimo de informações)

 

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