Sem acordo no TRT, greve de ônibus é mantida em Curitiba
Não houve acordo entre motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba, que estão em greve desde quarta-feira, e as empresas de ônibus. Foi realizada na tarde desta quinta-feira a segunda audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para tentativa de conciliação, mas não houve sucesso. A greve continua na capital paranaense, afetando parcialmente os […]
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Não houve acordo entre motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba, que estão em greve desde quarta-feira, e as empresas de ônibus. Foi realizada na tarde desta quinta-feira a segunda audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para tentativa de conciliação, mas não houve sucesso. A greve continua na capital paranaense, afetando parcialmente os 2,4 milhões de passageiros da Rede Integrada de Transporte, que abrange Curitiba e Região Metropolitana. Uma nova audiência de conciliação será realizada apenas na próxima quinta-feira, após o Carnaval. Um novo encontro pode ser realizado antes se as partes sinalizarem avanço nas negociações.
Hoje, parte da frota de ônibus voltou a circular, mas a população ainda enfrenta transtornos. A Justiça determinou que seja disponibilizado 50% do total de ônibus nos horários de pico e 30% nos demais horários. O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) propôs durante a audiência para que os percentuais sigam as tabelas dos horários de fim de semana e feriados, quando tradicionalmente há redução na frequência do serviço. A sugestão foi aceita durante a mediação e será praticada a partir do próximo sábado e o feriado de Carnaval.
Sobre a negociação salarial, o Ministério Público do Trabalho (MPT) havia proposto ontem um reajuste de 10,5%, que chegou a ser analisado e aprovado em assembleia da categoria hoje. Mas, durante a audiência, os patrões informaram que ofereceriam a reposição pelo INPC (5,26%) mais 2% de aumento real, o que não foi aceito pelos trabalhadores. O MPT propôs, então, reajuste de 8,5% para motoristas e 10,5% para cobradores. Tanto empregados quanto empresas não concordaram. O assunto será analisado somente na próxima semana e a paralisação continua. O pedido inicial era de 16% de aumento real para motorista e 22% para cobradores, além da reposição da inflação.
A Urbs, que gerencia o transporte coletivo da cidade, informou que vai repassar os dados sobre a frota para a Justiça do Trabalho, pois a operação chegou a 30% no horário de pico, contra os 50% definidos pela Justiça. O percentual foi alcançado apenas no fim da manhã. Foi estipulada uma multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento. Ainda não houve definição sobre o assunto.
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